Sabiá...Até um dia!

Sabiá...Até um dia!

sábado, 28 de abril de 2012

HOJE É ANIVERSÁRIO DO COMPOSITOR PAULO CÉSAR PINHEIRO


Paulo César Francisco Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro RJ em 28 de Abril de 1949. Morava em Angra dos Reis RJ quando fez seus primeiros versos, e foi nessa cidade que conheceu João de Aquino, seu parceiro nas primeiras musicas. Com ele, compôs Viagem, em 1964. Um ano depois, Baden Powell, primo de João de Aquino, convidou-o para escrever letras para suas musicas. Em 1968 compôs com Baden Powell o samba Lapinha, que venceu a I Bienal do Samba, da TV Record, de São Paulo SP, no mesmo ano, e foi gravado por Elis Regina em disco Phonogram. Ainda em 1968, fez, com Francis Hime, A grande ausente, defendida por Taiguara no III FMPB, da TV Record, e classificada em sexto lugar, e participou do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com duas musicas – Sagarana (com João de Aquino), apresentada por Maria Odete, e Anunciação (com Francis Hime), interpretada pelo MPB-4. Concorreu ao IV FIC, em 1969, com Sermão (com Baden Powell) e, no ano seguinte, fez uma temporada de 15 dias em Paris, França, ao lado de Baden Powell. Em 1970 destacou-se com vários sucessos: Elis Regina gravou três musicas suas e de Baden Powell – Samba do perdão, Quaquaraquaquá e Aviso aos navegantes; e Elizeth Cardoso gravou Refém da solidão (com Baden Powell). Ainda em 1970, compôs 12 musicas para a trilha sonora da novela O semideus, da TV Globo, fez a trilha sonora para o filme A vingança dos doze, de Marcos Farias, e foi o responsável por roteiros de shows de Baden Powell. Em 1971, E lá se vão meus anéis (com Eduardo Gudin), defendida por Os Originais do Samba, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular, da TV Tupi, do Rio de Janeiro. Participou, em 1972, do VII FIC, com Diálogo (com Baden Powell), música que ganhou festival na Espanha. Compôs musicas com Dori Caymmi para diversos filmes, entre eles Tati, a garota, de Bruno Barreto, em 1973. Compôs a musica da peça A teoria na pratica é outra, de Antônio Pedro, apresentada no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, em 1973. Em 1974, o MPB-4 gravou Agora é Portela 74 (com Maurício Tapajós). Fez ainda, nesse ano, a versão do musical Pippin, montado no Teatro Manchete, no Rio de Janeiro, e gravou seu primeiro LP, pela Odeon, apresentando-se como cantor. Em 1975-1976 participou com Márcia e Eduardo Gudin do show O importante e que nossa emoção sobreviva, levado no Teatro Oficina, que resultou num LP gravado ao vivo. Casou com a cantora mineira Clara Nunes em 1975. Compôs para a trilha sonora do filme A Batalha dos Guararapes, de Paulo Thiago (1978). Com Dori Caymmi, compôs Pedrinho e Jabuticaba, para a trilha do programa Sitio do Pica-pau Amarelo, da TV Globo. Fez a trilha sonora do programa Ra-tim-bum, da TV Cultura, compondo cinco músicas em parceria com Edu Lobo. Tem dois livros de poemas editados: Canto brasileiro (1976) e Viola morena (1982). Alguns dos últimos CDs que foram lançados com letras do compositor são: Parceria, 1994, Velas, gravado ao vivo do show com João Nogueira, com 12 das parcerias dos dois; Aboio, 1995, Saci, CD do violonista e compositor Sérgio Santos, com 13 toadas, choros e sambas em parceria com este; Tudo o que mais nos uniu, 1996, Velas, CD gravado ao vivo do show com Eduardo Gudin e Márcia, no Sesc Pompéia de São Paulo, em comemoração aos 20 anos do outro show da trinca; O som sagrado de Wilson das Neves, 1997, CID, estréia como intérprete do baterista Wilson, com 14 musicas inéditas, das quais 13 são parcerias de ambos. Escreveu mais de 1.300 letras, tendo mais de 700 sido gravadas ate 1997. 
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira Art Editora e PubliFolha
http://www.mpbnet.com.br/musicos/paulo.cesar.pinheiro/index.html



Foi casado com Clara Francisca Gonçalves Pinheiro para a qual compôs inúmeros sucessos como "O CANTO DAS TRÊS RAÇAS e PORTELA NA AVENIDA.



















CLARA NUNES É A HOMENAGEADA DO 10º MINAS TREND PREVIEW EM DESFILE DE MODAS.
SUA VOZ TOMOU CONTA DA PASSARELA, CAUSANDO NOSTÁLGICA ALEGRIA!



Natureza do bem e da alegria em desfile



Manhã de sol entre nuvens, árvores e samambaias. Começa assim, remetendo à beleza da natureza e os riscos que a perseguem, o último dia de desfiles do 10º Minas Trend Preview, sexta-feira 27.

Em cena, a coleção de primavera-verão 2011/2012 do mineiro Victor Dzenk, trazendo duas novidades: apoio beneficente para ChildFund-Fundo da Criança Brasil e lançamento de coleção masculina. Na noite da véspera, a moda já exalava alegria, tanto na coleção circense da Patogê quanto na estreante Fabiana Millazo como na carioca Alessa.
Victor Dzenk, que volta a desfilar no Minas Trend, desenhou camisetas, cuja venda será revertida para o ChildFund, ong presente no país desde 1966, atendendo 143 mil crianças. O estilista mineiro abraçou a causa e promete “repetir a parceria anualmente”. E, diante de códigos e usinas poluidoras, ele aplica sua preocupação em trajes tropicalistas.
Quanto à novíssima coleção masculina, “chega toda inspirada no beach wear”, dentro do tema Neo Tropicália. As estampas da exuberante natureza brasileira estão nas sungas, camisetas e bermudas. Mesmo tema dos lânguidos e sensuais vestidos.
O jersey modela o corpo feminino como moulage, explorando os lenços. Outros destaques: uso de tule para dar dando nesgas de transparências aos vestidos de festa e padronagens de efeitos ópticos para as folhagens.
A natureza brasileira, mas a que se avista no mar, toma conta das estampas dos vestidos da designer carioca Alessa. Conchas de diferentes formatos ocupam a coleção, algumas valendo-se da técnica holográfica. O tema remete à imagem da cantora Clara Nunes, a homenageada da estação. Sua voz tomou conta da passarela, causando nostálgica alegria.
O estreante Vitor Zerbinato também lançou seu olhar para a natureza, perscrutando os “Segredos do Mar” e trazendo à tona algas, filhas de Netuno e Iemanjá e corais. As saias ganham formas que lembram rabo de peixe, as cores contemplam as espumas brancas e o profundo azul marinho, bem como a cor coral. Os paetês sugerem escamas e as pérolas brancas e pretas ilustram o tema em sua poção romântica.
Sob os acordes da Orquestra Voadora, a mineira Patogê brindou o respeitável público com uma coleção inspirada na natureza alegre e mágica do circo. Com esse mote, listras, godê, suspensórios, jeans mambembes ganham novas leituras.
E Fabiana Milazzo fez seu batismo de passarela do Minas Trend com o tema “Mulheres de Chico”, em que as músicas de Chico Buarque, as que contemplam a natureza feminina, pontuam o desfile e inspiram a coleção.
Assim, alegremente, a coleção ora surge romântica ora dramática, ora sensual ora sonhadora. Cores branca, vermelha, coral e pink ilustram os estados d’alma, bem como bordados,cortes, formas e recortes.


MARIENE DE CASTRO EMOCIONADA AO CANTAR UM SER DE LUZ, HOMENAGEM À CLARA EM SEU NOVO TRABALHO





Mariene de Castro nacionaliza sua ‘tabaroíce’ em novo disco


RIO - Diminutivo feminino de tabaréu (o mesmo que matuto, capiau), "tabaroinha" é como a baiana Mariene de Castro se define. Ao escolher o adjetivo como título de seu terceiro CD, ela procura mostrar que estrear numa grande gravadora (Universal) e ser acolhida como uma das mais promissoras cantoras de samba não estão alterando seu jeito de ser.
— Saio da minha taba para me misturar com outras tribos, mas sem perder meu sotaque, meu canto, meu ritmo — afirma ela, grávida aos 33 anos de seu quarto filho (a primeira menina) e que virá para o Rio, com o barrigão, lançar o disco na próxima quarta-feira, no Rival. — Vou levar minha tabaroíce por aí até junho. Quero contribuir com esse olhar e esse sentimento do tabaréu, que tem um tempo diferente, mais lento. E, hoje, ninguém tem tempo para mais nada.

Estúdio no meio da floresta

A realização do CD seguiu esse pensamento. Mariene, seus filhos, o produtor Alê Siqueira, os músicos (alguns estão com ela desde o início da carreira, em 1996) e técnicos passaram um mês num estúdio montado no meio de um parque florestal de Mata de São João, pequeno município na Costa do Sauípe.
— É um lugar simples, de gente simples. Não pegava telefone nem internet. Só à noite, quando íamos dormir num hotel em Sauípe, tínhamos acesso a isso. Foi fundamental para o disco ficar com a minha cara — conta.
Mariene acha que, das 13 faixas, "Estrada do Canindé" é a que traduz melhor a tal tabaroíce. Mas a canção do pernambucano Luiz Gonzaga e do cearense Humberto Teixeira é exceção num repertório em que ainda predominam autores e sonoridades da Bahia.
— Nos meus outros discos, 90% dos compositores eram baianos. Agora tem Martinho da Vila, Arlindo Cruz, João Nogueira e, além dos cariocas, tem a Flavia Wenceslau, que é paraibana (autora de "Filha do mar") — diz ela, que considera natural priorizar o ambiente baiano. — As referências do candomblé, por exemplo, são muito próximas, sou filha de Oxum.
Roque Ferreira, sempre o mais escolhido por Mariene, é o compositor de "Orixá de frente", "Ponto de Nanã" e "Foguete" (em parceria com J. Velloso). Outros baianos contemporâneos são Nelson Rufino ("Amuleto da sorte") e Roberto Mendes ("Marujo", com Nizaldo Costa). E ela ainda escolheu um tema de Dorival Caymmi ("Tia Nastácia", adaptação que ele fez de sua "Cantiga pro sinhozinho" para a trilha da primeira versão do "Sítio do Picapau Amarelo") e o lundu de Xisto Bahia que foi, em 1902, a primeira música gravada no Brasil: "Isto é bom".


Embora admiradora e amiga de Maria Bethânia — tia de J. Velloso, com quem Mariene foi casada —, a cantora vem sendo mais comparada a Clara Nunes. O jeito de cantar e o cabelo lembram a mineira que se radicou no Rio e estaria completando 70 anos em 2012, mas Mariene diz que só foi conhecer o trabalho de Clara quando era adulta, e por causa das comparações. Agora, gravou "Um ser de luz", feita por João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro pouco após a morte da intérprete, em 1983.
— Ouvi "Um ser de luz" no Rio, na voz da Beth Carvalho, e naquele dia entendi a saudade que o Brasil tem de Clara. Para ficar mais emocionada, fui chamada para cantar exatamente "Um ser de luz" num projeto em homenagem a João Nogueira — explica ela, que também participou do projeto "Quintal do Pagodinho" e vem cativando cariocas como Arlindo Cruz (autor da faixa "A pureza da flor") e Martinho da Vila (de quem regravou "Roda ciranda").

sexta-feira, 27 de abril de 2012

MARIENE DE CASTRO DEDICA GRAVAÇÃO DE UM SER DE LUZ À CLARA NUNES EM SEU NOVO CD "TABAROINHA"




Em “Tabaroinha”, segundo trabalho pela gravadora Universal,
Mariene de Castro reafirma a força indelével de seu canto.



Foi lançando mão do diminutivo feminino da expressão-adjetivo tabaréu que a cantora baiana Marilene de Castro construiu o conceito com que alinhavaria o seu novo trabalho, “Tabaroinha”. Não é preciso enveredar, no entanto, pelos caminhos da semântica a fim de desnudar o significado do vocábulo comumente usado nos interiores do Brasil para designar aquela menininha acanhada, matuta, caipira. Tabaroinha é o nome que batiza o terceiro álbum da artista, que começou a cantar aos 13 anos de idade e, desde muito pequenina, sambava na frente do espelho vestida de baiana, cheia de pulseiras.


Mariene de Castro é mesmo uma tabaroinha por natureza, mas seu canto, sua arte, embora preserve de forma muito íntima e indelével as referências culturais interioranas que acabariam por se converter em matrizes para a constituição de um trabalho singular, traduzem a maturidade de uma cantora absolutamente pronta para brilhar nos grandes centros urbanos do Brasil e do restante do mundo. Não à toa encantou a França, onde a crítica especializada a comparou com Edith Piaf pela arrebatadora força cênica que, por si só, ilumina qualquer palco. Não à toa abocanhou os Prêmios Braskem (2004) e TIM de Música (2005). Não à toa vem sendo apontada como a maior e mais importante revelação do samba no Brasil nas últimas duas décadas.

“Tabaroinha” chega para assinalar a importância de Mariene de Castro no atual cenário da música brasileira, revelando a sensibilidade e a coerência da cantora na escolha de um repertório que apresenta o Brasil tal qual o é: ora árido, ora fértil, ora doce e saudável, ora amargo e dolente, mas incondicionalmente feliz; um país que todos conhecemos, mas nem sempre reconhecemos; a terra do samba que dá e de Nosso senhor da Aquarela de Ary; da fé cega e também raciocinada que se encontram e se dissipam nos altares católicos e nos terreiros de candomblé; uma nação repleta de matizes geográficas, étnicas e socioculturais, apaixonante e surpreendente como Mariene. “Tabaroinha” cumpre justamente, de forma despretensiosa e delicada, a tarefa de nos conduzir a uma viagem prazerosa, poética, harmônica, pelas belezas sonoras do Brasil.

E é essa talentosa e verdadeira baiana, a grande guia desta trilha, que nos aponta o caminho com A pureza da flor, sucesso de Arlindo Cruz que, lindamente reeditado, ganha ares de um quente samba-de-roda, amparado por um coro de vozes femininas. Não há hiato para dúvidas: Mariene de Castro possui uma marca autoral na seleção e interpretação do repertório que seduz não somente pela incrível capacidade de preservar a memória de ícones e ritmos quase esquecidos do nosso cancioneiro como também pela explosão cênico-interpretativa com que os revela a uma nova geração com sede de cultura. Assim, Filha do mar, canção inédita da cantora e compositora pernambucana Flavia Wenceslau, que dá sequência ao trabalho, traduz-se em um dos mais belos registros do álbum, em que a imponência da batida do maracatu se alia à afabilidade da sanfona numa cordialidade que atrai pelo contraste e impressiona pela precisão.

A perspicácia em apresentar a pluralidade dos ritmos brasileiros, que fazem do país uma terra singular na cena internacional, é o grande trunfo desta tabaroinha baiana que privilegia os compositores que sempre fizeram parte de sua memória afetiva e cujas canções inspiraram-na ao ofício do canto. Os conterrâneos Dorival Caymmi (1914 – 2008), Nelson Rufino e Roque Ferreira, recorrentes na discografia da intérprete, novamente são reverenciados. Do primeiro, Mariene pinça uma relíquia imortalizada no universo infantil do Sítio do picapau amarelo: História pro sinhozinho, registrada por Maria Bethânia em Pirata (2006) e que na década de 1970, para a adaptação televisiva da obra de Monteiro Lobato, foi convertida em tema da personagem Tia Anatáscia. É a versão infantil, que altera no refrão o nome de ‘Sinhá Zefa’ para ‘Tia Anastácia’, no entanto, a selecionada pela cantora para homenagear Caymmi.

De Rufino, o samba Amuleto da sorte, que lhe foi dado de presente, já nasceu clássico e se qualifica para figurar no ranking das grandes criações do autor de hits imortalizados por um cast de intérpretes famosos que inclui nomes como Martinho da Vila, Nara Leão, Elza Soares, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Alcione. Roque Ferreira, por sua vez, é saudado em três faixas, o que revela a paixão da artista pela obra do aclamado compositor. Foguete, xote inédito com versos pontuados pela costumeira delicadeza de Roque, traduz com singeleza o romantismo, as paixões rasgadas do interior, e chega até a prestar devidas deferências ao poeta recifense João Cabral de Melo Neto, um momento de pura beleza neste álbum com a cara e a alma do Brasil. Roque se apresenta também em Orixá de frente, gravada por Roberta Sá em Quando o canto é reza (2010), trabalho que a cantora a ele dedicou, e no ijexá Ponto de Nanã, saudação à deusa dos mistérios, divindade de origem simultânea à criação do mundo, senhora de muitos búzios, que sintetiza a morte, a fecundidade e a riqueza.

A canção, inclusive, já tem videoclipe pronto, gravado na Reserva de Sapiranga, no Litoral Norte da Bahia, pelo cineasta norte-americano Kaya Verruno. Foi nessa mesma reserva, diga-se de passagem, em meio às forças da natureza, que “Tabaroinha” foi parido, quando por sugestão do produtor Alê Siqueira, um estúdio foi montado em plena mata para abrigar por duas semanas a cantora e os músicos que a acompanham neste segundo trabalho pela Universal. O primeiro, “Santo de casa ao vivo”, foi lançado ano passado pela gravadora juntamente com o DVD do espetáculo homônimo com que a cantora arrebatava o público no Espaço Cultural da Barroquinha, localizado na região central de Salvador.

Entre os muitos resgates a que se propõe realizar em “Tabaroinha” para atestar sua qualidade como intérprete, Mariene não esquece daqueles que ajudaram a construir a história da música brasileira. Bate-cabeça, portanto, com vontade para o nosso Oxalá do Baião, Luiz Gonzaga, celebrando o centenário de nascimento do mestre pernambucano com o registro de Estrada de Canindé. Sublime! Ela contempla ainda Martinho da Vila, repaginando o sucesso Roda ciranda, alçada ao top ten das rádios por Alcione em 1984 em decorrência da gravação (em dupla com Maria Bethânia) no disco Da cor do Brasil.

Neste passeio pelo relicário sonoro brasileiro, a cantora traz para a boca-de-cena a primeira canção gravada no país, em 1902: Isto é bom, lundu do compositor, cantor e ator soteropolitano Xisto Bahia (1841 – 1894), que reverbera em “Tabaroinha” como samba-amaxixado em nova leitura primorosa. Apaixonada que é pelo samba, Mariene reconhece a importância das grandes intérpretes femininas que impulsionaram o gênero no mercado fonográfico, como a saudosa Clara Nunes, a quem dedica a gravação de Um ser de luz, canção do trio Paulo César Pinheiro/João Nogueira/Mauro Duarte, feita para homenagear a cantora mineira, morta repentinamente em 1983 após um choque anafilático durante uma cirurgia de varizes.


Com sua poderosa voz, Mariene de Castro nos intima a acreditar em novos caminhos para a música no Brasil e nos leva à elaboração de um autorretrato verdadeiro diante das belezas e dos contrastes de um país que tem cheiro e sabor de terra molhada, em que todos somos eternos tabaréus. Ainda bem!


http://www.agitototal.com/2012/04/mariene-de-castro-lanca-seu-novo-cd-de.html



FESTA DO TRABALHADOR DESTACARÁ SAMBA E CARNAVAL



SANDRA PORTELLA CANTA SUCESSOS DE CLARA NUNES


Os dois mundos tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo do Samba e do Carnaval serão destaque na festa do trabalhador promovida pela Prefeitura de Sapucaia no próximo fim de semana prolongado.

No domingo (29/04) o Grupo Samba Kent, e na segunda-feira (30/04), véspera de feriado, a mineira Sandra Portella, estarão se apresentando gratuitamente na Praça da Miguel Couto (Árvore Grande) a partir das 21 horas.

Filha da compositora Lecy do Samba e de Valdir Delgado, compositor da Imperatriz Leopoldinense nos anos 50, Sandra Portella cantará sucessos de Clara Nunes, Alcione, Elza Soares, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho mostrando toda sua ginga e energia.



TRIBUTO A CLARA NUNES NO SAMBA IN SETE COM SIMONE COSTA




Simone Costa, a flor morena do samba de raiz, estará no palco do projeto Samba in Sete no próximo dia 05. A cantora e compositora é neta de Justiniano Soares da Costa, o primeiro clarinetista da Marinha do Brasil, convivendo na musica desde a infância. Simone Costa aprimorou seu talento nos principais redutos de samba autentico como: Cacique de Ramos, Clube do Cozido, Renascença Clube e Samba do Trabalhador ao lado de Moacyr Luz, entre muitos outros. Participou do Tributo à Candeia na GRES Portela, sendo atração do evento juntamente com “Reinaldo, o Príncipe do Pagode” no Samba, Choro e Cozido.

Serviço:
Tributo a Clara Nunes no Samba in Sete
Data: 05/05/2012
Local: Terraço Social Ramos Clube
End. Rua Aureliano Lessa, 97 – Ramos

Encontro de gigantes: Clementina de Jesus e Clara Nunes, há 35 anos


Por Daniel Setti
Elas tinham vozes diametralmente opostas. Clementina de Jesus (1901-1987), com seu potente e grave gogó de trovão, parecia uma prima perdida de Nina Simone que nascera por acaso em Valença, no estado do Rio de Janeiro; não menos inconfundível, o timbre da mineira de Caetanópolis Clara Nunes (1942-1983) emanava uma doçura mais, digamos, comercial.
Mesmo assim, as duas divas combinavam quase à perfeição. Tanto é que colaboraram em mais de uma ocasião. A primeira de destaque foi em gravação da deliciosa “PCJ (Partido Clementina de Jesus)”, composição-tributo de autoria do lendário sambista Antônio Candeia (1935-1978) interpretada por ambas no disco Forças da Natureza, lançado por Clara em 1977.
Embora seja coroada pelo despretensioso e irresistível refrão “não vadeia (sic) Clementina”, a letra da música se envereda curiosamente pela ecologia, em versos como “cadê o cantar dos passarinhos?/ar puro não encontro mais não”.
Dois anos depois, seria a vez de Clementina convidar a amiga para participar de seu álbum de duetos intitulado simplesmente Clementinana faixa “Embala Eu”, de Albaleria. Entre os outros ilustres que dividiram o microfone com ela na ocasião estiveram João Bosco e Martinho da Vila.
Abaixo, clipe (tipicamente vagabundo, como a maioria do período) produzido pela Globo em 1977 para “PCJ (Partido Clementina de Jesus)”. Não percam o detalhe nonsense aos 35 segundos, quando aparece um suposto figurante consertando o motor de um Fusca.



MAIS UMA HOMENAGEM AOS 70 ANOS DE CLARA NUNES


Dessa vez a publicação na Revista Espirita de Umbanda de abril de 2012






Eparrei Oyá!!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Nilze Carvalho Homenageia Clara Nunes

Nesta sexta-feira,dia 27/04 no Terreirinho-0800 — com Ierê Ferreira, Zé Luiz Maia, Eduardo Correa Dos Santos, Virginia Carvalho, Sergio Ricardo, Ieda Luttgardes, Sandra Ricardo, Silvio Carvalho, Pc Castilho, Debora Giangiarulo e Jose Eugenio Leal. - O Show começa às 20:00hs





O brilho personalíssimo de Nilze Carvalho (Por Luís Pimentel)


A cantora, compositora e instrumentista, que volta e meia espalha o seu lindo sorriso nos palcos brasileiros, nasceu num mês de julho, dia 28, em 1969.
Nilze Carvalho é dona de uma das mais encantadoras vozes da música brasileira.
Como se não bastasse, toca como poucos músicos deste país e tem o dom de encantar pela simplicidade e delicadeza.
Nilze começou a gravar discos desde criança, com os históricos volumes (quatro ou cinco) da série Choro de Menina, lançados no comecinho dos anos 80 – ela ainda bem pequenina, portanto. E continua gravando: nos últimos anos colocou no mercado CDs solos antológicos, como Estava faltando você (Fina Flor), disco pelo qual em 2005 foi indicada ao Prêmio Tim, na categoria de melhor cantora de samba, e Um ser de luz – saudação à Clara Nunes (Deckdisc), além de outros com o seu ótimo grupo Sururu na Roda, um ninho de cobras e de craques.
Filha e irmã de músicos, Nilze tem as cordas e o ritmo no DNA. 
Tocando cavaquinho ou bandolim, cantando músicas de sua autoria, dos músicos do seu grupo ou dos grandes nomes da MPB (como nos shows e discos Lembranças cariocas e O samba é minha nobreza), ela é hoje nome do primeiríssimo time da nossa arte maior, com o talento reconhecido e aplaudido por bambas como Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Alcione e Dona Ivone Lara.

Clara Nunes,Enredo de 2013 do Projeto Imperio da Vila



Projeto Imperio da Vila Fortaleza, Ceará, Brazil
Bloco carnavalesco única agremiação oficial do bairro Carlito Pamplona




Enredo Imperio da vila

Salve o samba, salve a Santa, salve ela. Clara a guerreira Dei um aperto de saudade no meu tamborim. Se nessa vida tudo passa, ela não passou. Minha musa, minha lira, minha doce inspiração, minha morena enfeitada de rosas e rendas. Abre o pano do passado. Mostre que seu encanto é uma coisa natural, pois seu sorriso de moça tem um mistério que bate no coração da gente e tem o dom de encantar.

Vocês querem saber quem ela é? Ela é a tal mineira... 

No Cedro Pequenino, tecido interior das Gerais, a noite emprestou as estrelas bordadas de prata. O céu prateado deixou o sol vir dourar os cabelos da aurora num lindo alvorecer. Raiou. Resplandeceu. Iluminou. As violas enfeitadas de fitas da Folia de Reis entoam cantos de alegria e liberdade para anunciar que a estrela-guia vai romper. Alguém no povo vai nascer.
Deixa clarear, seu Mané Serrador, que dona Amélia está sentindo a luz de um santo! Trovador errante do reisado. Talhador da esperança que aparece desse canto bonito vindo da alvorada. Faça de nossa bandeira, seu divino manto! De nossa coroa reluzente, todo ouro sobre o azul na procissão do samba!
O nosso tempo de chorar vai se acabar. A minha gente não vai mais andar falando de lado e olhando pro chão. Iluminando os caminhos tão sem vida, o anjo moreno há de chegar aos corações.

O povo até pensou que já era feliz. Pra todo mundo pareceu que um ser de luz nasceu.

Clara mensageira da música. Ela não é de brincadeira. É continuação do poder da criação. Seu canto tem força de oração. Missão que desafia o poder da ciência para combater o mal. Para que o pranto se encerre.
Para que todas as pessoas se tornassem boas e tivessem paz, soltou seu canto da garganta e se transformou num sabiá. Parede de barro não iria prendê-la. Então, voou o sabiá e foi cantar pelos sete cantos a esperança de um mundo novo. Foi viver para cantar, e cantar para viver, sua sina verde-amarela como a bananeira.

Quando veio de Minas, trouxe amor como bagagem em um peito só. Cheio de promessa.

Sabiou sua voz de ouro na maravilha da aquarela que surgiu com a natureza sorrindo, tingindo. O céu abraçou a terra e deu vitalidade às flores. Cantou como é grande e bonita a natureza no florescer dos jardins a esbanjar poesia. Bamboleou em seu balaio os frutos da terra.
Rainha mãe do mato. Irmã da bandeira que, no resplendor da densa mata, se perdeu e se encontrou. Foi como flecha no mato bravio. Seu canto correu veredas e buritizais, do sertão à mata virgem, com o vento que rola nas palmas. Sua sede dos rios, beira-riachos, também nos fez ouvir o mar em revolta que canta na areia. Maré cheia que só serenou quando ela pisou na beira da praia.
Mãe gentil de todo o povo desta terra que, quando pode cantar, canta de dor. Foi índio guerreiro, quilombola de Palmares e Inconfidente mineiro contra a tirania do açoite. Entoou o canto das três raças que ecoou pelo Brasil mestiço, santuário da fé.
Pediu benção à Mãe África. Mãe preta que nos amamentou no som que a todo povo embala. Batuques vindos do tempo da senzala. De quando o negro chegava fechado em gaiola, trazido por navios negreiros, do solo africano para o torrão brasileiro.
Amarrou os chocalhos na canela no fuzuê do jogo de Angola. Se embolou no tambor de Luanda, no maculelê, no lundu, no jongo e no caxambu. No maracatu, fez louvação à rainha festa para os reis negros Ilu Ayê.
Personificou o misticismo sob as bênçãos do Bonfim. Trouxe coisas da Bahia nas canções que cantou com seus penduricalhos e balangandãs. No rufar dos tambores nos deu de seu axé. Ressoaram sua fé ao pai maior em pontos de umbanda de Oxalá e nos rituais de candomblé.
Foi deusa dos orixás. Mineira-sereia da coroa de areia, da areia de ouro, que tocou o agogô de afoxé. Dançou Ijexá saravado no gongá do povo de Zambi. Senhora das candeias, sua música é magia de um banho de manjericão vindo de lá da Aruanda de Sindorerê. Curimba de filha de Ogum com Iansã.
Ouviu a encantaria dos batuques que vieram de longe, soprado do alto dos morros. Ê favela... És o berço do samba. Quanto tempo importante ela passou por aí. Mangueira, celeiro de bambas. Serrinha, império do samba... 
Deusa do samba. Do samba verdadeiro, sem cambalacho. Samba-que-samba no bole-que-bole. Que rebola no balacobaco dos bambambães. Samba rasgado. Samba dolente de sambista que vive eternamente no coração da gente. 
Quando sambou, o frio sentiu seu calor e o samba se esquentou. Quebrou o salto da sandália no clube do samba. Chorou de alegria nos chorinhos. Sorriu de nostalgia nas marchas-rancho. Entre palhaços e pierrôs, sempre foi a preferida.
Imortalizou sambas de enredo de tantos pavilhões, de tantas cores. E nunca vimos coisa mais bela quando ela pisava a passarela, sob as asas da águia altaneira, desfilando na avenida de azul e branco. Não há e nem pode haver visão igual. Majestosa dona do carnaval.
Seu grito raro, sua voz potente, é um farol guiado ao alento do trabalhador. Revela a leveza de um povo sofrido, de rara beleza, que vive cantando. Povo de profunda grandeza em sua força de expressão.
O amor intransigente pelo canto cantado dos versos mais puros, valentes e seguros, dos filhos do mundo. Dos sem eira nem beira. Dos que o sapato já furou e a roupa já rasgou. Dos que falam pouco e acertado, mas se fazem compreender. Do sertanejo e seus segredos de quem não teve o prazer de aprender a ler. Dos retirantes viajados num pau-de-arara que só traziam a coragem e a cara.
Cantou o pescador sem medo. Os pregoeiros, as feiras e as humildes vendinhas nos cantos das ruas. O sanfoneiro da gota serena que, num forró da muléstia, fazia floreio pra gente dançar o coco rodado.
As quituteiras com seus bolos de milho, broas, cocadas, rapaduras e pés-de-moleque. Suas panelas de barro que, guisando uma galinha à cabidela, nos convidam para um peixe com coco regado a muita pinga danada vinda do alambique. Iguarias de fazer qualquer cristão afrouxar a correia.
Valorizou a simplicidade generosa de uma gente tão honesta que, sempre em um clima de festa nas suas casinhas modestas, lembravam os tempos de criança da cidadezinha onde nasceu.

Mineira guerreira que cantou o guerreiro.

Ao ir embora deste mundo de ilusão, foi morar no infinito pra virar constelação. Repousar nas maravilhas diferentes. Par além do luar onde moram as estrelas. Quem te viu sorrir não há de te ver chorar. Mas és imortal. Teu canto ecoa noite e dia. É voz geral.
Está vendo só o jeito que tudo ficou por causa de você? As coisas mais simples que você tocou acenderam o coração do povo. Sua memória é preservada ma singeleza acolhedora de Caetanópolis, no seio fraterno de Mariquita. E o povo continua na rua cantando. Como fiéis, feito uma reza, um ritual, te homenageando e te escolhendo como a preferida. São todos seus filhos neste mundo, ouvindo e entoando seus ensinamentos. Por causa de você, clara claridade em nossas almas, o amor será eterno novamente.

 ENREDO SINOPSE

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, mais conhecida como Clara Nunes nasceu no dia 12 de agosto de 1943, no distrito de Cedro da Cachoeira, na época pertencente ao município de Paraopeba e depois emancipado com o nome de Caetanópolis no interior de Minas Gerais. Considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara Nunes em vida viajou vários países do mundo para expor suas canções baseadas no folclore brasileiro e tradições afro-brasileiras, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravaria canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos na época. Teve sua vida ceifada no dia 02 de abril de 1983, vítima de um erro médico chamado choque anafilático. Salve o samba, salve a Santa, salve ela. Clara a guerreira 
Já começamos a confecção das fantasias para 2013. 
Os adereços de destaque do carro abre alas ja foram apresentados para a diretoria.
Os destaques serão limitados.


SALVE A ESTRELA CLARA,QUE BRILHA NO INFINITO E EM NOSSOS CORAÇÕES!
http://projetoimperiodavila.blogspot.com.br/

Grupo TPM apresenta Clara Luz


O grupo vocal TPM nasceu há 8 anos, fruto de convivência e trabalhos, na Celinha Braga Oficina de Música, no feliz encontro de Três Poderosas Mulheres - Ambrosina Caldas, Bernadete Orsini e Iara Ferreira - que buscam na música a consciência do corpo, da alma e do prazer. Sempre acompanhadas pela cantora e professora de canto Celinha Braga, ao violão, TPM registra em sua trajetória artística, performances musicais realizadas no Museu de arte da Pampulha, no Museu Abílio Barreto, no Teatro da Biblioteca Pública em casas noturnas como Paladino e praças de Belo Horizonte, entre outros espaços. 
CLARA LUZ Criado por Celinha Braga, cantora e suas alunas: Ambrozina Caldas, Bernadete Orsini e Iara Ferreira que formam o grupo TPM, este espetáculo contagia e encanta o público, num passeio delicioso pelo universo das músicas que foram grandes sucessos na voz de Clara Nunes. Viajando entre letras e canções de compositores como Candeia,Paulo César Pinheiro, Mauro Duarte, Ataulfo Alves, Dorival Caymmi , João Nogueira e outros Celinha cria arranjos vocais que emocionam e dão identidade ao trio.

Foto extraída do video da GLOBO HORIZONTE

Clara homenageada no Globo Horizonte em 22/04/2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

CLARA NA REDE GLOBO



NÃO PERCAM!!!

Globo Horizonte deste domingo mostra o trabalho da cantora Clara Nunes
Músicas consagradas por ela inspiram cantoras de Belo Horizonte.globotv.globo.com/rede-globo/globo.../v/.../1913207/

Agenda Cultural - Brasilidade deste domingo conta trajetória de Clara Nunes


O programa Brasilidade da FM Assembleia (96,7 MHz), deste domingo (22/04), vai prestar homenagem a cantora Clara Nunes, uma das grandes vozes da música brasileira. O programa mostra a trajetória da intérprete mineira, que iniciou carreira nos anos 1960 e em 1966, lançou seu primeiro LP, “A voz Adorável de Clara Nunes”, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou “Você Passa e eu Acho Graça” (de Ataulfo Alves e Carlos Imperial), seu primeiro sucesso. Em 1972, lançou o LP “Clara, Clarice, Clara”, com musicas de compositores de escolas de samba, de Caetano Veloso e de Dorival Caymmi, que vendeu mais de 100 mil copias. Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show “O poeta, a moça e o violão”, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. No mesmo ano gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, o LP “Alvorecer”, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com “Conto de Areia” (de Romildo e Toninho). Em 1974, Clara Nunes atuou ao lado do ator Paulo Gracindo, no espetáculo “Brasileiro, Profissão Esperança”, que contava as vidas de Dolores Duran e Antônio Maria. Casou com o compositor Paulo César Pinheiro e lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco “Canto das Três Raças”. Nos anos seguintes lançou “Forças da Natureza” (1977), “Guerreira” (1978), “Esperança” (1979) e em 1980, “Brasil Mestiço”, que incluiu o “Morena de Angola”, composta por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou “Clara”, e em 1982, “Nação”, que seria seu último disco. Clara Nunes morreu em abril 1983, depois de 28 dias hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia. Em 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais. 

 O Brasilidade é apresentado por Narcélio Limaverde, produzido e dirigido por Ronaldo César, coordenador de programação e de áudio da FM Assembleia. Na co-produção, Juliana Brasileiro. 

O programa vai ao ar aos domingos, a partir das 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h. CV/LF

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Espetáculo 'Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro' estreia nesta quinta

                                          CIA RUBENS BARBOT

Após completar 21 anos de diálogos corporais, gestos e arte, a Cia Rubens Barbot inicia a montagem de um espetáculo repleto de lembranças e, principalmente, da retratação de um Rio de Janeiro que possui a figura do malandro como mártir e o subúrbio como espaço de resistência de uma cultura pseuda-erudita e “verdadeira”. O espetáculo Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro nasce de um sentimento de perseverança e uma vontade de presentear a cidade do Rio, que tanto já lhe ofertou alegrias, públicos e prazeres – todos de certa maneira retratados em gestos e corporalidades pelos palcos ao longo dessa trajetória. Com o cenário posto, é mais fácil entender o desenrolar deste roteiro inspirado em uma das maiores representações da Cidade Maravilhosa: o samba. Com o objetivo de dar luz ao deboche e à malemolência carioca, o diretor Gatto Larsen e o supervisor coreográfico Rubens Barbot selecionam a dedo o repertório de Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro, que muitas das vezes rouba a cena das performances que se instauram no palco. “Encontramos as qualidades do roteiro musical, que logo se transformou na base para o olhar sobre nós mesmos. Inevitavelmente o olhar nos levou ao ponto de partida, entre os bairros de Encantado e Quintino, na zona norte do Rio. A primeira e gostosa constatação: a nossa companhia é suburbana!”, enfatiza Gatto Larsen. E o subúrbio vem sendo retratado a partir de performances genuinamente cariocas, sempre celebrando o contemporâneo, por vezes tristes, por outras alegres, de uma cidade composta por um conjunto de indivíduos que “dança para não dançar”. Um bom exemplo dessa vibração é o solo de Cláudia Ramalho. A bailarina expressa, a partir de seus movimentos rasteiros e pungentes, toda a emoção da obra-prima O Mundo É Um Moinho, do grande mestre Cartola. Outra demonstração da cultura carioca é a performance do clássico Alvorada no Morro, de Cartola, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Cachaça, tantas vezes interpretada pela filha de Oyá, Clara Nunes. Nessa aula de samba genuinamente carioca, a Cia Rubens Barbot retrata o amanhecer dentro da comunidade, com seus moradores sob a tutela dos “olheiros” do tráfico. A cena, que conta com os movimentos de Rubens Rocha com certo destaque, vislumbra uma aurora sob a perspectiva da favela. Fascinante.

Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro: Espetáculo de dança contemporânea que conta um pouco das histórias cariocas. Seu humor, seu deboche, sua sensualidade, seu ritmo e suas histórias corporais.
Temporada: De 20 de abril a 6 de maio.
Endereço: Centro de Artes Calouste Gulbenkian - Rua Benedito Hipólito, 125 - Praça XI

Gaby Amarantos comenta sucesso em entrevista


Vestida com jeans, camiseta preta estampada e rasteirinha, Gabriela Amaral dos Santos ainda está longe do efeito visual que lhe rendeu os títulos de “Beyoncé do Pará” e "diva do tecnobrega". São 16h30 da sexta-feira (13), e Gaby se prepara para uma entrevista no talk show “Roberto Justus +”, da TV Record. Um dos principais nomes da nova música eletrônica paraense, o tecnobrega, Gaby conta que não se incomoda com o tom pejorativo que o termo brega pode ter. “O brega tem um novo significado, que o Brasil está começando a entender e gostar”. Sobre o figurino, acrescenta: “eu adoro ser 'over [exagerada]', o Brasil é 'over'”. A cantora, que chegou a São Paulo tocando primeiro em baladas moderninhas, agora está feliz por ter sucessos como "Xirley" na boca do povo e "Ex My Love" como trilha sonora de abertura da novela das 19h, "Cheias de Charme", da TV Globo. Entre suas influências, Gaby cita Clara Nunes e Ney Matogrosso. “O Brasil precisa de artistas com mais ousadia”, provoca. “Música brasileira no geral me inspira muito. No Pará, estamos perto dos trópicos, dos ritmos caribenhos, das lambadas, das cumbias, dos merengues. Fazer música eletrônica na Amazônia é algo que ninguém imaginava, é um novo pop”, diz.

http://acritica.uol.com.br/buzz/Manaus-Amazonas-Amazonia-Gaby-Amarantos-comenta-sucesso-entrevista_0_684531553.html

terça-feira, 17 de abril de 2012

Deck lança coletânea ‘Mulher Popular Brasileira – Releituras’

Homenageando a mulher brasileira, a Deck lança em abril, em parceria com o Grupo MPB Brasil, a coletânea “Mulher Popular Brasileira – Releituras”. O álbum, como sugere o trocadilho do título, traz 14 sucessos interpretados por grandes cantoras.


Fernanda Takai dá voz a “Insensatez” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Rita Lee comparece com “Pra Você Eu Digo Sim”, versão dela mesma para o hit “If I Feel”, de John Lennon e Paul McCartney. Marcia Castro apresenta sua personalíssima releitura para “Preta Pretinha”, dos Novos Baianos. A sambista Teresa Cristina interpreta “Para um Amor no Recife”, de Paulinho da Viola. Mônica Salmaso canta “Alvorecer”, sucesso de Clara Nunes e Lisa Ono, “Falando de Amor”, de Tom Jobim. Além delas, participam do projeto Rosa Passos (“Curare”), Fafá de Belém (“Sem Companhia”), Roberta Campos (“Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”), Leila Maria (“Seu Tipo”), Adriana Maciel (“Acabou Chorare”), Nila Branco (“Eu Sei”), Milena Monteiro (“Esperando Aviões”) e Wanda Sá (“Domingo Azul do Mar”).

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CARTAZ DO FILME CARNAVAL BARRA LIMPA DE 67



Sob a chancela de Chacrinha,Clara Nunes foi parar em mais um longa nacional,sem grande repercussão:"CARNAVAL BARRA LIMPA",outra produção de Jarbas Barbosa, dirigido por J.B.Tanko.O longa contava com um cast de estrelas que ia de Dircinha Batista,Emilinha Borba,Marlene e Ângela Maria a Altemar Dutra e João Roberto Kelly,passando pelos atores Emiliano Queiroz,Carlos Eduardo Dolabella,Rossana Ghessa e Costinha,além da modelo Georgia Quental.À Clara coube interpretar a marcha"Carnaval na Onda"de José Messias.de cima de um saveiro,cortando a Baía de Guanabara com o Pão de Açúcar ao fundo,Clara,de blusa de manga comprida e shortinho,combinação de malha que remetia a um pijama,cantava ao lado de um grupo formado por duas meninas e um rapaz,animadíssimos.Na popa do saveiro,uma dublê de Georgia Quental e Dolabella,o par romântico do filme.-1967






Design gráfico: Bernardo Giron

Uma verdadeira arte é destaque para esse design de Bernardo Giron enviado por e-mail para Marcio Guima e Neide Pessoa do Blog Clara Nunes,A Voz de Ouro.
"Um trabalho que terminei de fazer para a faculdade (Design Gráfico) e que servirá para avaliação de semestre. Os 70 anos de Clara, e o conjunto de sua obra, mereciam um Disco de Ouro especial de verdade!"-disse Giron

APRECIEM A MARAVILHA:





Com certeza seria o LP CLARIDADE que até hoje é considerado um dos melhores álbuns de Clara Nunes!

TERÇA DO VINIL DEDICADA À CLARA NUNES


A terça do vinil, evento mais do que inserido no calendário cultural de Olinda, presta homenagem nesta terça-feira à cantora Clara Nunes, uma das intérpretes mais importanmtes da musicalidade brasileira.
Clara trouxe para sua música elementos da cultura e da religiosidade negras e obteve muito sucesso, batendo recordes na venda de discos e atraindo uma multidão de fãs. A cantora morreu precocemente em 1983, aos 39 anos, por causa de uma complicação em uma cirurgia.
Juliani Marzani, o Dj 440, pesca da sua coleção de vinis vários clássicos da cantora, como Conto de Areia, Ijexá (Filho de Gandhi) e Morena de Angola. Quem quiser levar seus discos pode colaborar no repertório, como é de praxe na Terça do Vinil. A festa acontece a partir das 20h, na Praça do Fortim do Queijo, em Olinda.


Terça (3), às 20h


Praça do Fortim do Queijo, Carmo, Olinda


R$ 3


Informações: 81 9126-7220


http://www.leiaja.com/cultura/2012/terca-do-vinil-dedicada-clara-nunes

domingo, 15 de abril de 2012

"CLEMENTINA DE JESUS-A RAINHA QUELÉ"




O Centro de Cultura de Alagoinhas, a 108 exibiu na terça-feira (27 de março) o documentário “Clementina de Jesus – a Rainha Quelé”, que foi exibido às 15h e 19h, com acesso gratuito.
O documentário reúniu depoimentos de Martinho da Vila, Lecy Brandão, Paulinho da Viola, João Bosco, Carlinhos Vergueiro, Mônica Salmaso e Cristina Buarque.

Clementina de Jesus:

Negra, pobre, dona de casa e empregada doméstica e uma das figuras mais exuberantes da música popular brasileira. Assim era Clementina de Jesus, nascida em 1901 na cidade do Rio de Janeiro. Foi na capital carioca, que a negra de voz marcante foi descoberta musicalmente em 1963 pelo poeta, compositor e produtor cultural Hermínio Bello de Carvalho.
Com ele, visitou diversos locais do Brasil, levando sua voz no show 'Rosa de Ouro'. A artista fez questão de respeitar a ancestralidade e levou para shows e programas televisivos, um pouco da referência que tinha da África e da cultura Afro-Brasileira. Ela gravou cinco LP's solo, e fez participação em diversos outros, como 'Fala Mangueira', gravado em 1968, que teve Cartola como mais um dos participantes especiais.
Nomes como João Bosco, Milton Nascimento, Alceu Valença, Clara Nunes, entre tantos outros grandes personagens da música popular brasileira sempre respeitaram, gravando ou cantando Clementina.
Com direção de Werinton Kermes e roteiro de Míriam Cris Carlos o filme foi premiado na categoria Melhor Filme de Longa Metragem no Festival Internacional de Cinema de Arquivo REcine. Em 2011, completa-se 25 anos de sua morte, que foi causada por um derrame.




CLARA 70 ANOS NA REVISTA LABEL EDIÇÃO Nº10