Sabiá...Até um dia!

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sábado, 28 de abril de 2012

HOJE É ANIVERSÁRIO DO COMPOSITOR PAULO CÉSAR PINHEIRO


Paulo César Francisco Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro RJ em 28 de Abril de 1949. Morava em Angra dos Reis RJ quando fez seus primeiros versos, e foi nessa cidade que conheceu João de Aquino, seu parceiro nas primeiras musicas. Com ele, compôs Viagem, em 1964. Um ano depois, Baden Powell, primo de João de Aquino, convidou-o para escrever letras para suas musicas. Em 1968 compôs com Baden Powell o samba Lapinha, que venceu a I Bienal do Samba, da TV Record, de São Paulo SP, no mesmo ano, e foi gravado por Elis Regina em disco Phonogram. Ainda em 1968, fez, com Francis Hime, A grande ausente, defendida por Taiguara no III FMPB, da TV Record, e classificada em sexto lugar, e participou do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com duas musicas – Sagarana (com João de Aquino), apresentada por Maria Odete, e Anunciação (com Francis Hime), interpretada pelo MPB-4. Concorreu ao IV FIC, em 1969, com Sermão (com Baden Powell) e, no ano seguinte, fez uma temporada de 15 dias em Paris, França, ao lado de Baden Powell. Em 1970 destacou-se com vários sucessos: Elis Regina gravou três musicas suas e de Baden Powell – Samba do perdão, Quaquaraquaquá e Aviso aos navegantes; e Elizeth Cardoso gravou Refém da solidão (com Baden Powell). Ainda em 1970, compôs 12 musicas para a trilha sonora da novela O semideus, da TV Globo, fez a trilha sonora para o filme A vingança dos doze, de Marcos Farias, e foi o responsável por roteiros de shows de Baden Powell. Em 1971, E lá se vão meus anéis (com Eduardo Gudin), defendida por Os Originais do Samba, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular, da TV Tupi, do Rio de Janeiro. Participou, em 1972, do VII FIC, com Diálogo (com Baden Powell), música que ganhou festival na Espanha. Compôs musicas com Dori Caymmi para diversos filmes, entre eles Tati, a garota, de Bruno Barreto, em 1973. Compôs a musica da peça A teoria na pratica é outra, de Antônio Pedro, apresentada no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, em 1973. Em 1974, o MPB-4 gravou Agora é Portela 74 (com Maurício Tapajós). Fez ainda, nesse ano, a versão do musical Pippin, montado no Teatro Manchete, no Rio de Janeiro, e gravou seu primeiro LP, pela Odeon, apresentando-se como cantor. Em 1975-1976 participou com Márcia e Eduardo Gudin do show O importante e que nossa emoção sobreviva, levado no Teatro Oficina, que resultou num LP gravado ao vivo. Casou com a cantora mineira Clara Nunes em 1975. Compôs para a trilha sonora do filme A Batalha dos Guararapes, de Paulo Thiago (1978). Com Dori Caymmi, compôs Pedrinho e Jabuticaba, para a trilha do programa Sitio do Pica-pau Amarelo, da TV Globo. Fez a trilha sonora do programa Ra-tim-bum, da TV Cultura, compondo cinco músicas em parceria com Edu Lobo. Tem dois livros de poemas editados: Canto brasileiro (1976) e Viola morena (1982). Alguns dos últimos CDs que foram lançados com letras do compositor são: Parceria, 1994, Velas, gravado ao vivo do show com João Nogueira, com 12 das parcerias dos dois; Aboio, 1995, Saci, CD do violonista e compositor Sérgio Santos, com 13 toadas, choros e sambas em parceria com este; Tudo o que mais nos uniu, 1996, Velas, CD gravado ao vivo do show com Eduardo Gudin e Márcia, no Sesc Pompéia de São Paulo, em comemoração aos 20 anos do outro show da trinca; O som sagrado de Wilson das Neves, 1997, CID, estréia como intérprete do baterista Wilson, com 14 musicas inéditas, das quais 13 são parcerias de ambos. Escreveu mais de 1.300 letras, tendo mais de 700 sido gravadas ate 1997. 
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira Art Editora e PubliFolha
http://www.mpbnet.com.br/musicos/paulo.cesar.pinheiro/index.html



Foi casado com Clara Francisca Gonçalves Pinheiro para a qual compôs inúmeros sucessos como "O CANTO DAS TRÊS RAÇAS e PORTELA NA AVENIDA.



















CLARA NUNES É A HOMENAGEADA DO 10º MINAS TREND PREVIEW EM DESFILE DE MODAS.
SUA VOZ TOMOU CONTA DA PASSARELA, CAUSANDO NOSTÁLGICA ALEGRIA!



Natureza do bem e da alegria em desfile



Manhã de sol entre nuvens, árvores e samambaias. Começa assim, remetendo à beleza da natureza e os riscos que a perseguem, o último dia de desfiles do 10º Minas Trend Preview, sexta-feira 27.

Em cena, a coleção de primavera-verão 2011/2012 do mineiro Victor Dzenk, trazendo duas novidades: apoio beneficente para ChildFund-Fundo da Criança Brasil e lançamento de coleção masculina. Na noite da véspera, a moda já exalava alegria, tanto na coleção circense da Patogê quanto na estreante Fabiana Millazo como na carioca Alessa.
Victor Dzenk, que volta a desfilar no Minas Trend, desenhou camisetas, cuja venda será revertida para o ChildFund, ong presente no país desde 1966, atendendo 143 mil crianças. O estilista mineiro abraçou a causa e promete “repetir a parceria anualmente”. E, diante de códigos e usinas poluidoras, ele aplica sua preocupação em trajes tropicalistas.
Quanto à novíssima coleção masculina, “chega toda inspirada no beach wear”, dentro do tema Neo Tropicália. As estampas da exuberante natureza brasileira estão nas sungas, camisetas e bermudas. Mesmo tema dos lânguidos e sensuais vestidos.
O jersey modela o corpo feminino como moulage, explorando os lenços. Outros destaques: uso de tule para dar dando nesgas de transparências aos vestidos de festa e padronagens de efeitos ópticos para as folhagens.
A natureza brasileira, mas a que se avista no mar, toma conta das estampas dos vestidos da designer carioca Alessa. Conchas de diferentes formatos ocupam a coleção, algumas valendo-se da técnica holográfica. O tema remete à imagem da cantora Clara Nunes, a homenageada da estação. Sua voz tomou conta da passarela, causando nostálgica alegria.
O estreante Vitor Zerbinato também lançou seu olhar para a natureza, perscrutando os “Segredos do Mar” e trazendo à tona algas, filhas de Netuno e Iemanjá e corais. As saias ganham formas que lembram rabo de peixe, as cores contemplam as espumas brancas e o profundo azul marinho, bem como a cor coral. Os paetês sugerem escamas e as pérolas brancas e pretas ilustram o tema em sua poção romântica.
Sob os acordes da Orquestra Voadora, a mineira Patogê brindou o respeitável público com uma coleção inspirada na natureza alegre e mágica do circo. Com esse mote, listras, godê, suspensórios, jeans mambembes ganham novas leituras.
E Fabiana Milazzo fez seu batismo de passarela do Minas Trend com o tema “Mulheres de Chico”, em que as músicas de Chico Buarque, as que contemplam a natureza feminina, pontuam o desfile e inspiram a coleção.
Assim, alegremente, a coleção ora surge romântica ora dramática, ora sensual ora sonhadora. Cores branca, vermelha, coral e pink ilustram os estados d’alma, bem como bordados,cortes, formas e recortes.


MARIENE DE CASTRO EMOCIONADA AO CANTAR UM SER DE LUZ, HOMENAGEM À CLARA EM SEU NOVO TRABALHO





Mariene de Castro nacionaliza sua ‘tabaroíce’ em novo disco


RIO - Diminutivo feminino de tabaréu (o mesmo que matuto, capiau), "tabaroinha" é como a baiana Mariene de Castro se define. Ao escolher o adjetivo como título de seu terceiro CD, ela procura mostrar que estrear numa grande gravadora (Universal) e ser acolhida como uma das mais promissoras cantoras de samba não estão alterando seu jeito de ser.
— Saio da minha taba para me misturar com outras tribos, mas sem perder meu sotaque, meu canto, meu ritmo — afirma ela, grávida aos 33 anos de seu quarto filho (a primeira menina) e que virá para o Rio, com o barrigão, lançar o disco na próxima quarta-feira, no Rival. — Vou levar minha tabaroíce por aí até junho. Quero contribuir com esse olhar e esse sentimento do tabaréu, que tem um tempo diferente, mais lento. E, hoje, ninguém tem tempo para mais nada.

Estúdio no meio da floresta

A realização do CD seguiu esse pensamento. Mariene, seus filhos, o produtor Alê Siqueira, os músicos (alguns estão com ela desde o início da carreira, em 1996) e técnicos passaram um mês num estúdio montado no meio de um parque florestal de Mata de São João, pequeno município na Costa do Sauípe.
— É um lugar simples, de gente simples. Não pegava telefone nem internet. Só à noite, quando íamos dormir num hotel em Sauípe, tínhamos acesso a isso. Foi fundamental para o disco ficar com a minha cara — conta.
Mariene acha que, das 13 faixas, "Estrada do Canindé" é a que traduz melhor a tal tabaroíce. Mas a canção do pernambucano Luiz Gonzaga e do cearense Humberto Teixeira é exceção num repertório em que ainda predominam autores e sonoridades da Bahia.
— Nos meus outros discos, 90% dos compositores eram baianos. Agora tem Martinho da Vila, Arlindo Cruz, João Nogueira e, além dos cariocas, tem a Flavia Wenceslau, que é paraibana (autora de "Filha do mar") — diz ela, que considera natural priorizar o ambiente baiano. — As referências do candomblé, por exemplo, são muito próximas, sou filha de Oxum.
Roque Ferreira, sempre o mais escolhido por Mariene, é o compositor de "Orixá de frente", "Ponto de Nanã" e "Foguete" (em parceria com J. Velloso). Outros baianos contemporâneos são Nelson Rufino ("Amuleto da sorte") e Roberto Mendes ("Marujo", com Nizaldo Costa). E ela ainda escolheu um tema de Dorival Caymmi ("Tia Nastácia", adaptação que ele fez de sua "Cantiga pro sinhozinho" para a trilha da primeira versão do "Sítio do Picapau Amarelo") e o lundu de Xisto Bahia que foi, em 1902, a primeira música gravada no Brasil: "Isto é bom".


Embora admiradora e amiga de Maria Bethânia — tia de J. Velloso, com quem Mariene foi casada —, a cantora vem sendo mais comparada a Clara Nunes. O jeito de cantar e o cabelo lembram a mineira que se radicou no Rio e estaria completando 70 anos em 2012, mas Mariene diz que só foi conhecer o trabalho de Clara quando era adulta, e por causa das comparações. Agora, gravou "Um ser de luz", feita por João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro pouco após a morte da intérprete, em 1983.
— Ouvi "Um ser de luz" no Rio, na voz da Beth Carvalho, e naquele dia entendi a saudade que o Brasil tem de Clara. Para ficar mais emocionada, fui chamada para cantar exatamente "Um ser de luz" num projeto em homenagem a João Nogueira — explica ela, que também participou do projeto "Quintal do Pagodinho" e vem cativando cariocas como Arlindo Cruz (autor da faixa "A pureza da flor") e Martinho da Vila (de quem regravou "Roda ciranda").