Sabiá...Até um dia!

Sabiá...Até um dia!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mensagem de Clara à Humanidade


Que haja PAZ entre os homens de boa vontade!
SÓ O AMOR CONSTRÓI!
Salve Clara,meu amor ETERNO!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Martinho da Vila: Viva Minas Gerais


Rio - Passei uns dias ótimos em Minas, onde fiz um espetáculo e uma palestra. O show foi no dia quatro, dia de Inhansã. Eparrê Oiá! Salve Santa Bárbara! Este é o nome da antiga cidade mineira, que completou 307 anos. A festa foi grande, com muita gente dos municípios vizinhos e o prefeito Mário Celso reinaugurou o centro histórico, iluminado especialmente para o Natal. Santa Bárbara é conhecida como a cidade do mel e é terra de Afonso Pena, primeiro mineiro a ser presidente da República. A palestra foi de comemoração do 25º aniversário do Sempre Um Papo, evento literário.

Foi emocionante estar em um teatro de cerca de 1.000 lugares, quase lotado de gente interessada em ouvir a minha conversa intermediada pelo Afonso, o produtor, e papear conosco, inclusive o governador Antônio Anastasia. Depois eu fiquei um bom tempo autografando o meu novo livro, ‘Fantasias Crenças e Crendices’ (a Editora Ciência Moderna mandou 200 exemplares e todos foram vendidos). O show em Santa Bárbara e a palestra em Belo Horizonte foram bons, mas ótimas mesmo foram as comidinhas mineiras que saboreei. Em Catas Altas, cidadezinha próxima à Santa Bárbara, foi onde eu comi melhor.

Degustei uma costelinha de porco com ora-pro-nobis, verdura rica em proteína que compõe a iguaria que provei pela primeira vez em João Monlevade, na casa da Família Alcântara, grupo vocal que participou do Concerto Negro. Em BH não deixo de ir ao Restaurante Dona Lucinha, muito bom. Sou mineiro honorário com título dado pela Assembléia Legislativa de MG. Fui condecorado com medalhas e comendas mineiras, mas a minha ligação com Minas Gerais é de nascença, pois Duas Barras,RJ, onde nasci, é caminho para a “terra do pão de queijo”, mas fui criado no Rio, num morro meio amineirado, a Serra dos Pretos Forros, na Boca do Mato. Cresci ao som de sanfonas ouvindo calangos e acompanhado folias de reis. Minas Gerais gerou grandes compositores identificados com o samba como João Bosco, Ataulfo Alves, o maior, e Xangô da Mangueira (“Quando eu vim de Minas/ Trouxe ouro em pó quando eu vim”, este um grande sucesso da Clara Nunes, na minha opinião a mais bela voz do Brasil de todos os tempos).

E nos deu outras cantoras como a Aline Calixto, que vem chegando devagar. Um dos meus maiores sucessos é ‘Mulheres’, do mineiro Tuninho Gerais, mas o que me emociona é a ‘Congada de Minas Gerais’, uma cantoria da cidade de Machado que eu gravei no LP O Canto das Lavadeiras. Dedico esta crônica ao poeta Drummond e ao Afonso Borges, que há 25 anos produz eventos culturais.

E-mail: palavradesambista@martinhodavila.com.br

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Livro desfila o Brasil do sertão e a vida do sertanejo


Segundo romance de Paulo César Pinheiro narra a dura vida dos trabalhadores do campo na época dos coronéis. O protagonista foge de um crime que cometeu e em sua fuga mostra as agruras do homem do campo.

Por Marcos Aurélio Ruy*

O livro “Matinta, o Bruxo” (1) tem como gancho principal duas parcerias do autor em músicas baseadas em obras do escritor João Guimarães Rosa (1908-1967), uma “Matita-perê”, em parceria com Tom Jobim e outra, com João de Aquino, batizada com o nome da obra homônima do escritor “Sagarana”. É o carioca urbano inspirando-se no sertão do país com todas as suas vicissitudes.

Em seu primeiro romance “Pontal do Pilar” (2008), Pinheiro já mostra a influência da obra do grande escritor mineiro, agora ressaltada. Paulo César Pinheiro narra a vida de João, um trabalhador do campo que flagra sua mulher na cama com o filho do patrão. Capa o sujeito e mata a companheira Doralinda, como se lavasse sua honra em sangue, fato muito comum ainda hoje em que a violência contra as mulheres campeia Brasil afora, muitas vezes sem punição.

Na fuga de João - o protagonista - para escapar dos capangas do coronel, com sede vingança, surge o Brasil do sertão com sua pobreza e submissão aos donos da terra e dos meios de produção, onde os direitos são decididos na bala. Haja vista tantos assassinatos de representantes dos trabalhadores do campo no país, que permanecem impunes. Nisso reside a atualidade e a grande qualidade da obra de Paulo César Pinheiro.

Logo no início ele escreve: “ Compadre Amâncio me dizia: - O mundo é no bem e no mal dividido. Ninguém pode ser demais em nada. Nem na felicidade. Sempre fora sábio o compadre, mas me soava equivocada aquela sentença. – É erroso quem tem o que quer que seja em demasia.”

O livro nos arremata ao Brasil que necessita de muitas mudanças, de um povo que “merece mais respeito”, com dizem Milton Nascimento e Fernando Brant. Mas apresenta a vida dos brasileiros do interior com suas crendices e suas maneiras de encarar o mundo do jeitinho do brasileiro forjado por anos de maus-tratos sofridos. Em outro trecho o autor escreve que o personagem “jiboiou sob a copa de um jequitibá real, nos fundos da igrejinha do outeiro, e sonhou. Sonhou com Doralinda, com os Gerais do olho de Doralinda, e com seu sorriso ardiloso de putana e conclui: “jeito de menina ingênua em corpo de meretriz. Alma gêmea de qualquer um”.

Vale a leitura deste romance do letrista de canções como “Lapinha” (com Baden Powell), “Lá Se Vão Meus Anéis” (com Eduardo Gudin) e “Menino Deus” (com Mauro Duarte), garantias da qualidade do autor. Paulo César Francisco Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro, tem 62 anos e foi casado com a grande cantora Clara Nunes, morta prematuramente em 1983, aos 40 anos.

*Colaborador do Vermelho
(1) Paulo César Pinheiro. Matinta, o Bruxo. São Paulo, Editora Leya, 2011

Trecho do livro
“No aveludar do dia foi contabilizar o estrago. Com a frieza que adquiriu em campanha, despiu a jagunçaria, separando o que lhe era de préstimo. Avultou ucharia e arsenal par romaria forçada. Acondicionou tudo em dois balaios, agafanhados no lombo de cavalgadura. As armas dissimulou como pôde. Empilhou os corpos e ateou fogo. A fumaceira disseminou o fedor de carne torrada por todo o vale. A cremação funcionaria par outros como alerta de fúria. Talvez desistissem da missão de preagem os que se deparassem com os carbonizados. E seguiu em frente pra subseqüente estação.
Foi bater, com mais dia e meio de entremontes, em /cachoeira Santa, arraial espetado em desfiladeiro de cataratinhas. Manancial de regos escavando sangas, deslizando por escarpas, formando cortina d’água, branca como mantilha de nubente. Ao pé da cascata rendada, reentrância pedrenta na rocha, com imagem de milagrosa. Relicário sagrado dos cachoeirenses. Foi saber do enigma depois.
Arruado mimoso distribuído dos dois lados da corrente líquida. Florescências multicoloridas, imitando os ribeiros, se entornavam pelos telhados e paredes, em catadupa de arranjos desenhados pelas mãos do acaso, ao léu da primavera ali jubilosamente perenizada. Pareciam moradias de fadas e gnomos. Aldeola de varinha de condão. Encantamento regressou-lhe à alma. Enfeitiçado, sentou à margem do marulho e resolveu se maravilhar. Concentrado, não viu sinhazinha morena se chegando com cântaro de barro no braço, apoiado na curva da cintura. Surgia como materializada ninfa da fonte mágica. Redobrou o maravilhamento.

- Boa tarde – disse a entidade.

- Tarde - balbuciou o embruxado.

- Vi o moço tão entretido. Pensando na vida?

- Senhora, não. É a beleza do rio carregando flor. Tô admirado.

- Faz bem. É graça de Deus. Quem vem de fora aprecia. É abençoado. Nasci à beira dele. Deixa eu me apresentar. Sou Rosália.

- Me chamo Pedro. Prazer.

Doeu mentir pra aquela uiarazinha, mas Matias deixara de existir depois de Zeferino aprender-lhe a alcunha, e João transitava incógnito. Evitava, sendo Pedro, risco pra ele e possível apuro pra tão meiga pétala”.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

'Para 2012, tudo está conspirando a nosso favor', diz Gilsinho


Ano de estreia do carnavalesco Paulo Menezes na Portela, com um enredo que falará sobre as festas populares da Bahia e, como o próprio Paulo vem enfatizando, o tema terá ainda a cantora Clara Nunes como fio-condutor, e com um samba-enredo que já caiu nas graças do público, dos torcedores e da comunidade. Esta é a Portela se preparando para o Carnaval de 2012. Responsável por cantar, encantar e emocionar todos os presentes na Marquês de Sapucaí entoando o hino oficial da Majestade do Samba no dia do desfile, o intérprete Gilsinho conversou com o SRZD-Carnaval sobre os ensaios da azul e branca e contou como lida com a rotina que antecede o grande dia.

"A Portela está indo muito bem. Nossa quadra está em reforma então estamos ensaiando na rua, em frente a Portelinha. Os ensaios estão enchendo, a comunidade está cantando e o samba funcionando muito bem", relatou.

"No período da disputa de samba, poderiam ter acontecido escolhas que mudariam a história desse Carnaval. Mas graças a Deus deu tudo certo, e tudo está conspirando a nosso favor", destacou.

Gilsinho ressaltou um dos diferenciais deste samba-enredo que acarretou neste grande sucesso.

"Este samba é bem alegre e tem 3 refrões. Então, quando começa a dar aquela "caída" que o componente vai relaxando, ele cresce novamente e anima o público de novo", explicou.

O intérprete aproveitou a oportunidade, para elogiar a competência do carnavalesco Paulo Menezes.

"O Paulo está chegando agora na escola, e já chegou fazendo um trabalho maravilhoso. O projeto dele é excelente, com carros muito bonitos, tudo de 1ª categoria", afirmou.



Ele comemorou o bom momento da agremiação e revelou também suas estratégias para manter uma boa performance durante a maratona de ensaios.

"Precisamos continuar com os trabalhos e com esse clima positivo para fazer um grande desfile e emocionar a Sapucaí", disse

"Eu tenho um preparador vocal, faço aulas de canto e também evito beber coisas muito geladas", completou.

Gilsinho, que teve passagens pelo Carnaval de São Paulo, citou a festa paulista como um acontecimento que está em constante evolução e crescimento, porém, reforçou que "o maior espetáculo da terra" realizado na avenida Marquês de Sapucaí ainda é referência.



"O Carnaval de São Paulo está indo muito bem e vem crescendo a cada ano que passa. Mas os dois desfiles são bem diferentes e acredito que a festa que acontece aqui no Rio, ainda é referência e o point dos turistas", afirmou.

O intérprete da azul e branca de Oswaldo Cruz e Madureira deixou uma mensagem de Natal para o público, e um recado para os portelenses.

"Quero desejar a todos um feliz Natal, e pedir que os portelenses continuem participando dos ensaios, com garra e fé. Vamos chegar na avenida com o dever de casa pronto, tocar o coração do público, o coração dos jurados, para que na quarta-feira de cinzas todos tenham uma bela surpresa", pediu.

A Portela, que desenvolve o enredo "E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual...",  será a 2ª a desfilar, no dia 19 de fevereiro, domingo de Carnaval.


foto: divulgação

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obra de Clara Nunes será cantada no CCBB Brasília



Com curadoria de Monica Ramalho e Luís Filipe de Lima, também diretor musical e arranjador, a série CONTOS DE AREIA – 70 ANOS DE CLARA NUNES leva ao palco do CCBB Brasília shows inéditos nas vozes de 12 destacados intérpretes da música brasileira, que se apresentarão em duplas, de 12 a 29 de janeiro, em cada um dos seis espetáculos da série. Mais importante do que as atrações, no entanto, é o repertório de Clara Nunes que o público de Brasília vai ouvir novamente ao vivo. Ao longo de seus seis shows, a série apresenta quase uma centena de canções registradas pela cantora.
Monarco e Verônica Ferriani, Joyce e Teresa Cristina, Delcio Carvalho e Maira, Nei Lopes e Nilze Carvalho, Mariene de Castro e Pedro Miranda, e Elton Medeiros e Fabiana Cozza são as duplas de bambas convidadas a nos presentear com o legado de Clara Nunes, esta notável cantora mineira, que deixou um rastro de luz, encantamento e amor à música e ao próximo. As duplas de intérpretes serão acompanhadas por banda 
especialmente formada para a série. “Ninguém jamais cantou sambas como Clara Nunes. A ideia é homenagear a cantora e trazê-la para o tempo presente. Clara foi a primeira mulher na história do país a bater o recorde de cem mil cópias vendidas e ainda desmistificou o preconceito com as religiões de origem afro-brasileiras”, explica Monica Ramalho, uma das curadoras.
Para o curador, arranjador e diretor musical Luís Filipe de Lima, “os seis shows oferecem um painel extenso e variado de seu repertório. Entre as mais de 200 músicas gravadas por Clara, o destaque vai para a variedade de compositores (de Nelson Cavaquinho a Chico Buarque, passando por Cartola, Vinicius, Candeia e Sivuca) e também para a variedade de gêneros: Clara, afinal, firmou-se como cantora de samba, mas interpretou com igual carisma o repertório romântico de seu início de carreira e também baiões, cocos, afoxés, valsas. Era uma cantora superlativa”, adianta ele.
Vídeos e mesa-redonda
Em meio aos shows, serão exibidos pequenos vídeos que revelam um mosaico de histórias e impressões sobre Clara Nunes do ponto de vista de pessoas próximas (entre eles Alcione, Sergio Cabral, Agnaldo Timóteo, Guinga e Adelzon Alves, além de todos os cantores da série) e também através do depoimento de pessoas flagradas na rua. A ideia aqui é mostrar o quanto de sua memória está na boca do povo. E, para quem quiser saber ainda mais sobre a homenageada, haverá uma mesa-redonda na segunda semana de CONTOS DE AREIA – 70 ANOS DE CLARA NUNES. Participarão o produtor e pesquisador Herminio Bello de Carvalho, o cantor e compositor Nei Lopes e o jornalista Vagner Fernandes, biógrafo da cantora.


A assessoria de imprensa é de Rodrigo Machado, do Território Cultural. Você encontra o rapaz no e-mail: drigo.machado@gmail.com. E para achá-lo rapidinho, ligue (61) 8175.3794.

Portelenses saem satisfeitos da apresentação dos protótipos das fantasias

A Portela realizou a apresentação de seus protótipos nesta quinta, no clube River, na Piedade. Muitos não entenderam a mudança da data, que seria dia 5, mas o dia 8 de dezembro é comemorado o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da agremiação. Um altar de tirar o fôlego foi montado na quadra, trazendo imagens de santos, e o chão foi rodeado de folhas de mangueira. Ao fundo do altar um telão com clipes de musicas de Clara Nunes.

Os componentes, torcedores e visitantes que chegavam ao local, muitos desses apresentavam um largo sorriso no rosto, seria uma satisfação com o que estavam vendo? Pode-se dizer que sim. O espaço foi liberado às 21h, tudo bem arrumado na quadra principal do clube, com as 35 fantasias espalhadas na ordem de desfile.

A escola vai começar contando sobre sua chegada à Bahia, depois sobre as festas no mar, aos santos e padroeiros, em seguida faz um grande apanhado de festas do estado, e finaliza com festas da própria agremiação e uma homenagem à torcida da agremiação. Fantasias leves, bem acabadas, com uma diversidade de cores (o ponto alto para muitos presentes), muitas delas com plumas, e uma plateia muito satisfeita com o que foi apresentado.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, uma das baianas da agremiação, Maria Helena, que já desfila na escola há oito anos, se disse muito satisfeita com sua fantasia e com o clima que circula na escola: - Está muito linda. Linda demais. Estou emocionada. Temos como desenvolver muito bem pela Avenida. Esse ano está muito bom o clima aqui dentro. Era um samba que todos queriam.

O carnavalesco da escola, Paulo Menezes, que assina seu primeiro trabalho na escola, também falou sobre os setores e as fantasias: - A gente divide as festas por categorias. Começamos pelas lavagens que representam riquezas e a purificação, depois vamos para as festas das águas, em seguida as festas africanas e católicas, depois as festas do povo até chegar nas festas portelenses. Como o portelense comemora e festeja na Avenida. As plumas são uma característica da escola, então quando chegamos a uma agremiação procuramos aliar nosso gosto ao da escola.



Menezes também frisou sobre os pesos das fantasias e sobre o cuidado com as alas comerciais:

- Desde o início nós queríamos um carnaval onde a escola pudesse brincar na Avenida, onde a escola pudesse flutuar, e isso casou com um samba que vai ao encontro do projeto da escola. Então eu tenho certeza que a Portela vai passar como uma pluma na Avenida. A direção de carnaval da escola tem que criar meios de fiscalizar o trabalho das fantasias comerciais.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Casa de Clara Nunes foi doada à terra natal da cantora

Durante cerimônia realizada na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, no início de novembro a Cia. Cedro e Cachoeira com a intermediação do secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, entregou oficialmente ao município mineiro de Caetanópolis a chave da casa onde nasceu a cantora Clara Nunes.
Além do secretário de Estado de Governo estiveram presentes ao evento, dentre outras personalidades, o presidente da Cedro e Cachoeira, Aguinaldo Diniz Filho; Fábio Mascarenhas, diretor da Cedro e Cachoeira; o deputado federal Rodrigo de Castro e o deputado estadual Célio Moreira. Receberam a benfeitoria, em nome de Caetanópolis, o prefeito, Romário Vicente Alves Ferreira, a secretária municipal de Cultura, Adriana Andrade, e a presidente do Instituto Clara Nunes, Maria Gonçalves, dona Mariquita, irmã e madrinha da Guerreira.
A história da Cedro, Clara Nunes e Caetanópolis se confundem. Já existe a Casa de Cultura e o Festival Clara Nunes, que caminha para a sétima edição, e será inaugurado, em breve, o Memorial Clara Nunes onde será preservado todo o acervo da imortal cantora. Com a aquisição da casa onde nasceu a artista será formado um verdadeiro complexo turístico em torno do nome da história dela.
Confira fotos da cerimônia:





quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Portela comemora Dia Nacional do Samba com ensaio na rua


A Escola de Samba Portela realiza na sexta-feira Dia Nacional do Samba a partir das 20h, mais um ensaio de rua, rumo ao Carnaval 2012. O evento terá a participação do Grupo Nosso Samba que por muitos anos acompanhou a cantora Clara Nunes. O treino acontece na Praça Paulo da Portela, s/n, em Madureira, Zona Norte do Rio.
O evento que a cada semana recebe um publico conta com a bateria “Tabajara do Samba” sob comando de mestre Nilo Sérgio, a rainha de bateria Sheron Menezes, as musas Vânia Love, Shayene Cesário e Juliana Diniz, ala de passistas show coordenada por Nilce Fran, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Rogerio Dornelles e Lucinha Nobre, as baianas coordenadas por Jane Carla, alas de comunidade, comerciais e o tenor da Sapucaí Gilsinho, que canta grandes clássicos da Águia Altaneira.
O titulo do enredo da Portela é: “… E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual”, que está sendo desenvolvido pelo Carnavalesco Paulo Menezes. O samba-enredo é de autoria de Wanderlei Monteiro, Naldo, Luis Carlos Máximo e Toninho Nascimento. A Majestade do samba é a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval, 19 de Fevereiro, na Marques de Sapucaí.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

'As pessoas vão se surpreender positivamente com a Tuiuti', diz Jack



foto:divulgação



Incumbido de transformar a intensa, relevante e rica história das obras musicais da saudosa cantora Clara Nunes em alegorias e adereços, o carnavalesco da escola de samba Paraíso do Tuiuti, Jack Vasconcelos, contou ao SRZD-Carnaval sobre a responsabilidade de ser fiel aos sentimentos, conceitos, preocupações e valores pelos quais a cantora realmente se importava. Segundo Jack, que desenvolve para o Carnaval de 2012 o enredo "Clara Nunes - A Tal Mineira", ao homenagear uma pessoa é preciso respeitar e seguir suas características. Ele falou ainda, sobre o andamento dos trabalhos no barracão da atual campeã do Grupo de Acesso B.
"Nossas fantasias já estão sendo reproduzidas, alguns carros estão terminando o processo de madeira e outros entrando na fase de decoração e iluminação. Levaremos 5 carros e 31 alas para a Sapucaí", detalhou Jack.
"No nosso desfile focaremos nas mensagens que a Clara Nunes passava através das suas obras musicais. Eu sei que muita gente espera ver um Carnaval mostrando a parte religiosa dela, mas não será apenas isto. Será também a Clara Nunes como intérprete da Música Popular Brasileira, aquela que deixava claro que tinha como missão, levar ao público a história do nosso país, nossa cultura, o encontro das raças e essa imensa pluralidade cultural que aqui existe. Nossa homenagem é fazer a vontade dela", explicou.
Ciente de que o universo da sambista envolvia desde a história do nosso país, até a natureza que ela cantava, Jack projeta como será a representação disso tudo na avenida.
"Roupas, fantasias ou adereços pesados sempre fazem parte das minhas preocupações porque eu penso muito no componente, como folião que sou. Algumas escolas se prendem na questão de crescer a cada ano que passa, e esquecem daquilo que é realmente necessário e pertinente ao enredo", afirmou.
"Eu estou muito à vontade na Paraíso do Tuiuti com o presidente Thor. Eu gosto muito de pesquisar, experimentar e me interesso por descobrir coisas novas. Dá pra você utilizar materiais alternativos que darão uma resposta bacana de volume, por exemplo, e uma boa leitura visual. Porque existe essa relação de preocupação com o componente ", completou.
O carnavalesco falou também sobre o hino oficial que a azul e amarela cantará na Marquês de Sapucaí.
"A safra dos sambas-enredo estava excepcional, todos os compositores entenderem muito bem nosso objetivo. O samba campeão é gostoso de cantar, tem uma abordagem simples, o que não quer dizer sem conteúdo, e sintetiza essa questão da Clara Nunes. A Clara sempre foi direta e reta, e o nosso Carnaval está assim: direto e claro. As pessoas vão se surpreender positivamente com a Paraíso do Tuiuti", concluiu.
A escola será a 1ª a pisar na Passarela do Samba, sábado de Carnaval, pelo grupo de Acesso A.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Beth Carvalho volta com sambas inéditos



Cantora reúne veteranos e novos sambistas em novo disco



Publicado em 24/11/2011, às 06h00

José Teles

Nosso samba tá na rua (EMI), o novo disco de Beth Carvalho tem uma capa bem parecida com Pé no chão, que ela lançou em 1978, do sucesso Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci). Não é cópia, nem coincidência. Foi intencional. No álbum de 1978, Beth Carvalho sedimentava uma nova geração de sambistas, de uma cena da qual ela fo ia catalizadora, e que até hoje domina o samba, nomes como Zeca pagodinho, Arlindo Cruz, sombrinha, saíram dos subúrbios cariocas para ganhar as paradas do país inteiro. Com o Nosso samba tá rua, Beth Carvalho ensaia uma retomada da gloriosa escalada do gênero a partir de meados dos anos 70, com ela e Clara Nunes, principalmente.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais uma Homenagem à Clara Nunes em BH


Um musical que esteve em cartaz aqui em BH ,"Clara" Uma Homenagem a Clara Nunes.Realmente a peça é muito boa com Nalanda(ex-Fama) interpretando as canções dessa Mineira (Guerreira)que foi Clara Nunes e Alessandra Garcia interpretando as trajetória de vida da cantora. É realmente emocionate a energia que elas transmitem no palco passando pra gente um pouco da história e da obra de Clara Nunes, que nós mais jovens quase não conhecemos mas que trata-se de uma cantora que expressou maravilhosamente a popularidade da Música Brasileira e também claro porque não dizer que Clara Nunes foi um elo muito importante na ligação de Minas com Bahia por sua musicalidade baseada na religiosade e nas raízes africanas.Essa era uma mineira "Arretada sô"!Quem tiver a oportunidade vale a pena conferir a peça e emocionar-se também com a boa música!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Clara Nunes é enredo para 2012 de escola campeã do carnaval de BH



Vida da artista é tema de samba-enredo da Canto da Alvorada para 2012.
Segundo presidente do grupo, confecção e ensaios começam em dezembro.


A cantora e compositora Clara Nunes será homenageada pela Escola de Samba Canto da Alvorada, vencedora do carnaval de Belo Horizonte de 2011 pelo Grupo A. A vida e os sucessos da artista são o tema do samba-enredo da escola para 2012. De acordo com o presidente da agremiação, Carlos Alberto Damasceno, em dezembro, os cerca de 750 integrantes da escola vão dar início aos ensaios, à confecção das fantasias e à montagem do samba-enredo para a festa que será realizada no próximo ano. “A escola já está abrindo o barracão”, conta Damasceno.
Com o início dos ensaios, a comunidade vai passar a se encontrar em todos os domingos de dezembro. Em janeiro de 2012, o ritmo fica mais acelerado e os integrantes se dedicam ao samba-enredo e à coreografia três vezes por semana, por aproximadamente três horas.
Após a vitória por 98,4% dos votos no Carnaval de BH 2011, o calendário da escola ficou cheio. Segundo Damasceno, o grupo se apresentou em diversos eventos. Para ele, a relação dos belo-horizontinos com a festa tem se tornado mais forte. “Aumenta quantitativa e qualitativamente”, explica o carnavalesco. Ainda assim, ele conta que muitos jovens não se interessam pelo carnaval por não se lembrarem do desfile oficial, retomado a partir de 2004 na capital mineira. “Um jovem na faixa de 20 anos não tem esse histórico”, reforça o presidente.
De acordo com Carlos Alberto Damasceno, a maioria dos integrantes da escola são pessoas acima de 50 anos ou abaixo de 15 anos. O mais difícil é atrair os jovens, que, para o presidente, têm vergonha de participar. “A juventude acha que é ‘pagar mico”, disse. Para atrair o público diferenciado, a relação com a comunidade é sempre fortalecida”, disse.
Segundo Damasceno, o carnaval de BH ainda não é encarado como um produto comercial, o que certamente atrairia mais investimentos, principalmente da iniciativa privada. Apesar disso, ele explica que a festa não pode ser vista apenas como um espetáculo, pois é uma celebração do resultado de um ano de esforço da comunidade. Para o carnavalesco, é preciso incentivar o evento como um projeto de inclusão. “A gente não pode pensar na escola como sendo simplesmente um produto de carnaval”, disse.
A Escola de Samba Canto da Alvorada foi fundada em 1979. De acordo com informações da escola, o grupo carnavalesco conquistou 12 títulos nos desfiles que participou no carnaval de BH.



SALVE, GUERREIRA!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Perfil da MPB Rádio Inconfidência



Neste domingo dia 20/11 de 2011 às 19:00hs irá ao ar mais um Especial sobre Clara Nunes.
Desta vez é a Rádio Inconfidência na qual começou sua carreira e apresentou um programa chamado:"Clara Nunes Apresenta"que homenageará a grande artista da MPB.
Segue o link:
http://www.inconfidencia.com.br/modules/programacao/index.php?op=homePrograma&prog_id=10119



O Conjunto Nosso Samba faz hoje, sexta-feira, um tributo a Clara Nunes na gafieira Estudantina. O grupo, que acompanhou a cantora por 13 anos, recentemente recebeu uma menção honrosa da Câmara dos Vereadores do Rio. É um dos mais antigos em atividade no país.


Serviço



Horário: 20h
End.: Estudantina - Praça Tiradentes 79-81
Tel.: 2232.1149 e 2232.0396
Ingressos: R$ 15,00
Mais informações: (21) 9923.1412

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Emanuelle Araújo vira Clara Nunes e comanda bateria



A cantora e atriz baiana Emanuelle Araújo se transformou em Clara Nunes durante um ensaio para a próxima edição da revista "Drops". Caracterizada como a cantora, ela posou para um editorial de moda na quadra da Portela, na Zona Norte do Rio, ao lado da bateria e da velha guarda da escola. Em entrevista exclusiva ao blog, Emanuelle contou que é fã de Clara.
- Quisemos prestar uma homenagem com um ensaio baseado na fase áurea da Clara. Foi um delícia, pois sou fã incondicional. Foi mais emocionante do que eu imaginava - diz a vocalista da banda Moinho, que elegeu "Portela na avenida" como música preferida da cantora.
Quase dois meses depois do fim de "Cordel encantado", novela em que interpretou Florinda, Emanuelle ainda não conseguiu tirar férias. Logo após a conclusão do folhetim, ela começou a gravar participação na série "Louco por elas", de João Falcão, que estreia ano que vem na Globo. Na trama, ela é Talita, namorada de Léo, personagem de Du Moscovis.
- A banda Moinho continua na ativa e estamos gravando o novo álbum na Bahia. Mas acho que vou conseguir tirar umas férias mesmo assim - torce a cantora, que ainda vai lançar um single durante o carnaval.



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Especial de TV feito por Clara com Nosso Samba em 1973 vai gerar DVD



A série de lançamentos programados pela gravadora EMI Music para festejar os 70 anos de nascimento de Clara Nunes (1942 - 1983), em 2012, inclui o primeiro DVD com um registro de show da cantora. Trata-se do especial gravado por Clara em 1973 para a TV Bandeirantes com o Conjunto Nosso Samba. O DVD Especial Clara Nunes 1973 vai ser editado pela EMI em parceria com a Band dentro de ciclo de lançamentos que inclui CD com áudios de shows feitos por Clara na África e no Brasil - registros recém-descobertos pelo jornalista Vagner Fernandes, biógrafo da artista - e reedições dos 15 álbuns lançados pela cantora na gravadora Odeon (em reedições avulsas e também numa caixa). Eis o repertório do DVD Especial Clara Nunes 1973:


1. Lamentos (Pixinguinha)
2. Sempre Mangueira (Cartola)
3. Minha Festa (Nelson Cavaquinho)
4. Alvorada (Cartola e Hermínio Bello de Carvalho)
5. Regresso (Candeia)
6. Opção (Gisa Nogueira)
7. Umas e Outras (Chico Buarque)
8. Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes)
9. Tristeza Pé no Chão (Armando Mamão Fernandes)
10. Quando Eu Vim de Minas (Xangô da Mangueira)
11. Tributo aos Orixás (Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares)
12. Do Misticismo da África ao Brasil (Mário Pereira, Vilmar Costa e João Galvão)
13. O Mais que Perfeito (Vinicius de Moraes e Jards Macalé) 
14. Quase (Mirabeau e Jorge Gonçalves)
15. Fim de Caso (Dolores Duran)

EMI Lançará novo DVD de Clara Nunes



Eis a nota que mais gostei de dar na edição desta segunda-feira, 14 de novembro, da minha coluna "Estúdio", publicada às segundas-feiras no jornal carioca "O Dia":

Sai em 2012 - enfim - um DVD com show de Clara Nunes. Sei que já tem o DVD com os clipes do "Fantástico". Mas o DVD que sai em 2012 - festejando os 70 anos que Clara completaria em agosto - traz um show feito pela cantora em 1973, para a TV Bandeirantes, com o Conjunto Nosso Samba. Outros lançamentos virão (CD com áudios de show na África e de sua participação no show coletivo "Sabor Bem Brasil"), mas o DVD para mim é especialmente importante por mostrar Clara em

cena com sua voz e com sua força que nunca seca.

Agora é só aguardarmos!

Symara Tâmara completa 10 anos de carreira em tributo a Clara Nunes


A cantora e poetisa mossoroense Symara Tâmara completa em 2011 dez anos de trajetória musical com tributo à cantora Clara Nunes. Ela traz ao público uma série de recitais em homenagem à intérprete mineira.
Durante os sábados de novembro, Symara apresentará quatro recitais de diferentes temas e repertórios em tributo a Clara Nunes. O primeiro foi ontem, com tema "O amor em Clara", recitados e cantados clássicos de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Cartola, entre outros.
O segundo recital acontecerá no dia 12 deste mês, com o tema "Clara na avenida", uma homenagem à alegria do carnaval, interpretando alguns sambas-enredo. O terceiro recital acontecerá no dia 19, com o tema "Clara Mestiça", que será ainda uma homenagem ao Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro, interpretando canções e poemas dentro da temática afro-brasileira.
O quarto recital acontecerá no dia 26 e tem como tema "Alvoroço no sertão - O baião de Clara", em que serão interpretados clássicos da música regional gravados por Clara Nunes. "A figura de Clara Nunes tem grande significado no cenário musical do Brasil, então resolvemos fazer uma homenagem a ela", conta Symara Tâmara, para quem Clara Nunes tem um valor tanto artístico quanto sentimental.
"Vejo em Clara uma inspiração para o meu trabalho musical, e considero mais do que merecida uma homenagem acadêmica", revela Symara, que também faz a direção-geral do espetáculo e se apresenta acompanhada dos músicos Moisés Moraes (violão e contrabaixo), Fábio Monteiro (cavaquinho, bandolin e violino), Nilsinho, Edgar e Estéferson Carlos (percussão), Diego Nunes (violão), Íris Emanuela (flauta), Marcondes Silva (bateria) e Cláudio Henrique (acordeom).
Os espetáculos acontecerão a cada sábado deste mês, no espaço Cafezal, no Memorial da Resistência de Mossoró, começando sempre às 22h. 

Clara Nunes é uma das maiores intérpretes do Brasil
Clara Nunes nasceu Francisca Gonçalves Pinheiro, em Paraopeba (MG), em 12 de agosto de 1942 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de abril de1983. É considerada uma das maiores intérpretes do país.
Pesquisadora da música popular brasileira, dos seus ritmos e de folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda.
Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravariam canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco.