Sabiá...Até um dia!

Sabiá...Até um dia!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Na sua estreia carioca, Mariene cai no samba com prato, faca e Tia Surica


Com prato, faca e a voz calorosa que Deus lhe deu, Mariene de Castro cantou na estreia nacional do show Tabaroinha samba feito pelo compositor baiano Oscar da Penha (1924 - 1997), o Batatinha, para saudar Paulinho da Viola e a turma da escola de samba Portela. Lançado em 1973 pelo próprio Batatinha, Ministro do Samba foi a deixa para que Mariene cantasse em seguida Miudinho (Raul Marques e Monarco sobre tema do folclore) - samba gravado por Paulinho em 1978 - e convocasse Tia Surica, ilustre pastora da Portela, ao palco do Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ), onde o show Tabaroinha estreou na noite desta quarta-feira, 2 de maio de 2012. Surica - vista com a anfitriã na foto de Rodrigo Amaral - dançou o Miudinho no compasso de Mariene de Castro e, na sequência, solou Lama (Mauro Duarte), belo samba lançado pela cantora Clara Nunes (1942 - 1983), outra ilustre portelense, no álbum Canto das Três Raças (1976). As cores da Portela ganharam o tom da Bahia da Tabaroinha. 



 Foi através do samba Um Ser de Luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) - composto em 1983 em homenagem a Clara Nunes (1942 - 1983), cantora falecida em abril daquele ano - que Mariene de Castro teve despertado seu interesse pela discografia de Clara. Apresentado a Mariene por Beth Carvalho, o samba Um Ser de Luz integra o repertório do recém-lançado segundo álbum de estúdio da cantora baiana, Tabaroinha, e o roteiro do show inspirado no disco. Na estreia nacional do show Tabaroinha, o (grande) samba foi cantado por Mariene com Diogo Nogueira, filho de João Nogueira (1941 - 2000), um dos compositores do tema. Diogo baixou no terreiro carioca de Mariene, que debutou nos palcos do Rio de Janeiro (RJ) na noite desta quarta-feira, 2 de maio de 2012, com a (concorrida) apresentação única de Tabaroinha no Teatro Rival. Após cantar Um Ser de Luz com Mariene, Diogo - visto com a anfitriã na foto de Rodrigo Amaral - cantou sozinho Vazio (Está Faltando Uma Coisa em Mim) e Todo Menino É um Rei, dois sambas do compositor baiano Nelson Rufino que fizeram sucesso na voz do cantor Roberto Ribeiro (1940 - 1996) em 1979 e em 1978, respectivamente. O solo de Diogo sinalizou a evolução do artista como cantor, que voltou à cena para participar do bis.