Sabiá...Até um dia!

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Espetáculo 'Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro' estreia nesta quinta

                                          CIA RUBENS BARBOT

Após completar 21 anos de diálogos corporais, gestos e arte, a Cia Rubens Barbot inicia a montagem de um espetáculo repleto de lembranças e, principalmente, da retratação de um Rio de Janeiro que possui a figura do malandro como mártir e o subúrbio como espaço de resistência de uma cultura pseuda-erudita e “verdadeira”. O espetáculo Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro nasce de um sentimento de perseverança e uma vontade de presentear a cidade do Rio, que tanto já lhe ofertou alegrias, públicos e prazeres – todos de certa maneira retratados em gestos e corporalidades pelos palcos ao longo dessa trajetória. Com o cenário posto, é mais fácil entender o desenrolar deste roteiro inspirado em uma das maiores representações da Cidade Maravilhosa: o samba. Com o objetivo de dar luz ao deboche e à malemolência carioca, o diretor Gatto Larsen e o supervisor coreográfico Rubens Barbot selecionam a dedo o repertório de Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro, que muitas das vezes rouba a cena das performances que se instauram no palco. “Encontramos as qualidades do roteiro musical, que logo se transformou na base para o olhar sobre nós mesmos. Inevitavelmente o olhar nos levou ao ponto de partida, entre os bairros de Encantado e Quintino, na zona norte do Rio. A primeira e gostosa constatação: a nossa companhia é suburbana!”, enfatiza Gatto Larsen. E o subúrbio vem sendo retratado a partir de performances genuinamente cariocas, sempre celebrando o contemporâneo, por vezes tristes, por outras alegres, de uma cidade composta por um conjunto de indivíduos que “dança para não dançar”. Um bom exemplo dessa vibração é o solo de Cláudia Ramalho. A bailarina expressa, a partir de seus movimentos rasteiros e pungentes, toda a emoção da obra-prima O Mundo É Um Moinho, do grande mestre Cartola. Outra demonstração da cultura carioca é a performance do clássico Alvorada no Morro, de Cartola, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Cachaça, tantas vezes interpretada pela filha de Oyá, Clara Nunes. Nessa aula de samba genuinamente carioca, a Cia Rubens Barbot retrata o amanhecer dentro da comunidade, com seus moradores sob a tutela dos “olheiros” do tráfico. A cena, que conta com os movimentos de Rubens Rocha com certo destaque, vislumbra uma aurora sob a perspectiva da favela. Fascinante.

Um Rio, de Janeiro-a-Janeiro: Espetáculo de dança contemporânea que conta um pouco das histórias cariocas. Seu humor, seu deboche, sua sensualidade, seu ritmo e suas histórias corporais.
Temporada: De 20 de abril a 6 de maio.
Endereço: Centro de Artes Calouste Gulbenkian - Rua Benedito Hipólito, 125 - Praça XI

Gaby Amarantos comenta sucesso em entrevista


Vestida com jeans, camiseta preta estampada e rasteirinha, Gabriela Amaral dos Santos ainda está longe do efeito visual que lhe rendeu os títulos de “Beyoncé do Pará” e "diva do tecnobrega". São 16h30 da sexta-feira (13), e Gaby se prepara para uma entrevista no talk show “Roberto Justus +”, da TV Record. Um dos principais nomes da nova música eletrônica paraense, o tecnobrega, Gaby conta que não se incomoda com o tom pejorativo que o termo brega pode ter. “O brega tem um novo significado, que o Brasil está começando a entender e gostar”. Sobre o figurino, acrescenta: “eu adoro ser 'over [exagerada]', o Brasil é 'over'”. A cantora, que chegou a São Paulo tocando primeiro em baladas moderninhas, agora está feliz por ter sucessos como "Xirley" na boca do povo e "Ex My Love" como trilha sonora de abertura da novela das 19h, "Cheias de Charme", da TV Globo. Entre suas influências, Gaby cita Clara Nunes e Ney Matogrosso. “O Brasil precisa de artistas com mais ousadia”, provoca. “Música brasileira no geral me inspira muito. No Pará, estamos perto dos trópicos, dos ritmos caribenhos, das lambadas, das cumbias, dos merengues. Fazer música eletrônica na Amazônia é algo que ninguém imaginava, é um novo pop”, diz.

http://acritica.uol.com.br/buzz/Manaus-Amazonas-Amazonia-Gaby-Amarantos-comenta-sucesso-entrevista_0_684531553.html