Sabiá...Até um dia!

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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Clara e Nelson Motta - 1973


Observem esse momento da música brasileira: Nelson Motta entrevistando a nossa belíssima Clara Nunes sobre o seu lançamento de 1973! O disco, o sexto da carreira da cantora, abria com o lindo samba "Tristeza pé no chão”, de Armando Fernandes "Mamão".
O jornalista Nelson Motta, que completa hoje 73 anos, é testemunha de boa parte do que aconteceu na música brasileira nos últimos anos, do samba ao rock, passando por outros gêneros e momentos.
Como compositor, Nelsinho escreveu desde parcerias com Dori – "Saveiros", vencedora do Festival Internacional da Canção de 1966) – até grandes sucessos radiofônicos – "Como uma onda" (Zen surfismo), com Lulu Santos.
A coleção Nelson Motta faz parte do Acervo do MIS / Museu da Imagem e do Som e é constituída, basicamente, por fotografias de artistas e personalidades de destaque no mundo do cinema nacional e internacional, do teatro, da televisão e da música popular brasileira.
Crédito: Fotografia sem assinatura. Coleção Nelson Motta. Acervo MIS.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Diretora celebra filme sobre Clara Nunes: "Nosso caldeirão mestiço"






Diretora celebra filme sobre Clara Nunes: "Nosso caldeirão mestiço"

Longa conta a trajetória da cantora, que morreu aos 40 anos, em 1983

Clara Nunes foi uma das cantoras mais importantes do Brasil. Apesar de ter morrido precocemente aos 40 anos, em 1983, a voz multicultural de Clara segue inovadora.
Mesmo assim, não existia até então um documentário sobre a intérprete. Pensando nisso, Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir fizeram Clara Estrela, em parceria com o canal de TV independente Curta!

Reportagem do Jornal O GLOBO de 08 de outubro de 2017 na coluna ELA



Clara Estrela,O Filme


Clara Estrela
Clara Nunes merece a homenagem e muito mais
por Filippo Pitanga
09 de outubro de 2017
Mesmo que o presente documentário “Clara Nunes” de Suzanna Lira siga mais as raias da linguagem tradicional, qualquer filme que se debruce e pesquise sobre a inesquecível artista Clara Nunes merece atenção, com duas horas de projeção contendo performances lindas e debates sobre as origens e estudos da arte com que ela mergulhou nas raízes brasileiras. Grande precursora da inserção de cultura baiana nas músicas populares brasileiras, momento de vida a partir do qual a cantora passou a estudar os orixás e musicalidades de herança africana, Clara Nunes fez de tudo um pouco. Até teatro fundou. E, hoje, muito pouca gente sequer se lembra os motivos do falecimento repentino senão as polêmicas que envolveram as verdadeiras razões, eclipsando a magnitude da obra dela em troca de sensacionalismos.
E de fato o filme se debruça sobre algumas destas controvérsias, mesmo que não necessariamente seja o foco. Assim como “Cauby – Começaria tudo outra vez” de Nelson Hoineff, Suzanna aqui também prefere deixar as canções, letras e, principalmente as performances dizerem mais sobre quem era a artista do que outras pessoas que não ela mesma. A única exceção para esse olhar de fora são algumas entrevistas, como o revelador dossiê que Clara prestou a Maria Gabriela, e a escolha da atriz Dira Paes como narradora de trechos deixados pela própria Clara, ou ficcionalizados a partir de momentos que ela viveu. Apesar da narração de Dira, ainda há momentos em que gravações da própria cantora falando sobre sua vida se inserem no meio da narrativa, o que pode deixar os menos avisados um pouco confusos sobre qual voz estaria sendo ouvida agora, ainda que possa ter sido justamente a intenção da diretora com o treino vocal de Dira.
Personalidade fascinante, as performances escolhidas a dedo para figurar na projeção de fato nos lembram de quanta herança devemos à cantora, ao mesmo tempo que reassociam algumas letras à sua voz definitiva após tantas interpretações que viriam a ganhar posteriormente. Sobre as polêmicas, de certa forma são apenas tangenciadas, como a dificuldade de ter filhos e os trágicos abortos naturais que ela sofreu, chegando a ter assumido que apelou para os orixás lhe ajudarem nesta barreira de vida. Acabou que seu falecimento transcorreu de uma complicação de uma cirurgia simples, por aparente alergia à anestesia, mas que foi confabulada na época por inúmeras teorias loucas, injustiça que afastava seu nome exclusivamente de sua arte que agora o presente documentário vem mais uma vez resgatar para as novas gerações.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Estreia do Filme Clara Estrela

Clara Nunes em uma das fotografias do filme que conta a sua história: " (Foto: Reprodução)
Clara Nunes em uma das fotografias do filme que conta sua história: "Ela já lutava pelo empoderamento feminino, pela valorização da cultura negra" (Foto: Reprodução)
Estreia na próxima segunda-feira (9), no Festival do Rio, o filme Clara estrela, documentário que conta a história da cantora Clara Nunes, morta em 1983. Para a ocasião, os diretores do longa, Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir, decidiram criar um manifesto pacífico.

"Todos nós da equipe e convidados estaremos vestidos de branco pedindo paz para pessoas que professam todas as religiões", conta Susanna, sobre a sessão que acontecerá no Cine Lagoon.
O longa coproduzido pelo canal Curta! traz depoimentos da própria biografada e também a voz de Dira Paes para ajudar a recontar a história da mítica cantora, relembrando grandes sucessos e detalhes de sua vida pessoal. Clara foi a primeira cantora a vender mais de 400 mil discos no Brasil, em 1974.
Estreia do Filme Clara Estrela:Dia 09/10 às 18h no Cinema Lagoon (Lagoa- RJ)

 Vamos amar e respeitar as pessoas independente de sua crença, raça, ideologia política, orientação sexual e etc.
Além de ser uma maneira libertadora de existir, ainda está na Declaração Universal dos Direitos Humanos!
Para quem tem fé e para quem não tem, o amor é sempre a melhor solução! ❤️💫

Matéria retirada da coluna Gente Boa, do Jornal O Globo.
Gostaríamos de agradecer à todos envolvidos na produção, em especial ao Canal Curta , parceiro fundamental para a realização do filme.