Sabiá...Até um dia!

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sábado, 22 de setembro de 2012

Presidente da Mocidade Leopoldense escreve enredo para escola de samba de São Leopoldo



O Presidente da Mocidade Leopoldense, escola de samba virtual da LIESV, Édson Dutra é o autor do tema enredo da Estação Primeira de São Léo, escola de samba do Carnaval de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Dutra faz parte atualmente do Centro de Estudos e Pesquisa de Tema Enredo (CETE) e este será o quinto ano dele como autor do enredo da escola, sexto no Carnaval leopoldense, onde em 2008 escreveu o tema da União da Vila. Dutra está desde 2009 na Estação Primeira de São Léo ,criando o tema enredo, e neste período ajudou a escola a conquistar três vice-campeonatos do Grupo Especial de São Leopoldo em 2009, 2010 e 2011. Nestes últimos quatro anos ele também venceu duas vezes o Prêmio Destaque de Ouro (dado pela Associação das Entidades Carnavalescas de São Leopoldo) de Melhor Tema Enredo (2009 e 2011). Leia abaixo a sinopse do enredo da Estação Primeira de São Léo:


S.R.C. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE SÃO LÉO - CARNAVAL 2013

"É ÁGUA NO MAR, É MARÉ CHEIA... AZUL E BRANCO NUM CONTO DE AREIA"


 JUSTIFICATIVA:


Em 2013, faz-se 30 anos que o país deixou de ouvir ecoar em seus palcos a voz inconfundível de Clara Nunes... Mineira, ganhou a alcunha de sabiá, por seu belo canto. Conhecedora e adoradora do folclore nacional e da cultura afro-brasileira, Clara Nunes foi uma das artistas que mais fez sucesso no Brasil. E faz até hoje. Exaltada por todos que amam a música brasileira, Clara tornou-se um retrato da cultura popular nacional e ficará eternamente marcada em nossos corações. Em homenagem a esse ícone brasileiro, nossa escola vem mais uma vez exaltar a cultura nacional, trazendo para o povo o Conto de Areia. A música, composta por Romildo S. Bastos e Toninho Nascimento, foi um dos grandes sucessos da carreira de Clara Nunes, que cantou a Bahia e as belezas de seu povo e suas crendices. O papagaio pede aos deuses do samba que, de onde estiverem e juntos com a "Deusa do Orixás", iluminem o nosso manto azul e branco, tal qual o manto da Portela, a majestade do samba e paixão de Clara.

"É água no mar... É maré cheia ô..."
 Amor e fantasia, num carnaval de emoção.


SINOPSE


Salve a Bahia de São Salvador.
Salve a Bahia de Todos os Santos.
Salve Oxalá, que com sua Luz, ilumina a todos que vestidos com o manto azul e branco adentram a avenida para exaltar a Clara Guerreira.
Salve Ogum e Iansã, o Senhor do Bonfim, os encantos da Bahia...

 Águas a rolar pela passarela. Espumas, ondas e cristalinidade.
 É água no mar, é maré cheia...
 E das águas do mar chega na areia a emoção.
 Seriam lágrimas de tristeza ou a água perfumada da lavagem do Bonfim?
 Bela morena, linda flor formosa baiana.
 Conto de areia ou fantasia?
 História esta que vamos mostrar.

 A luz da candeia clareia as areias da praia, onde a linda morena enfeitada passeia.
 Flores... Rosas e rendas ornavam a bela morena que rumava a caminho da festa.
 Havia canto e dança.
 Violeiros tocavam lindas melodias e o povo festeiro dançava na roda, feliz.
 A bela morena vendo a festa não se conteve.
 E como toda baiana que traz consigo a energia da alegria, abriu seu sorriso de moça e pediu pra        dançar.
A noite estava linda. Estrelas bordavam o céu de prata, criando um lindo véu, Iluminando a festa na areia e as águas da praia de Amaralina.
O luar, resplendoroso, emanava sua luz, clareando os olhos da bela morena e do homem pescador.
Surgia ali um lindo amor.
Ah, bela morena e pescador, juntos agora sob a luz do luar, do clima fascinante da Bahia.
Carinhos, carícias, beijos e abraços. Juras eternas de amor.
Era um peito só, cheio de promessas...

 O pescador vai para o mar, buscar seu sustento. E a bela morena na praia, a olhar seu amor.
 O mar, cheio de fascínios e mistérios.
 Sopra o vento, balança as palmas na areia. 
 Sopra o vento, traça o rumo da embarcação. 
 Segue o barco para as águas de Iemanjá.
 Da água, pouco se vê da areia da praia.
 A embarcação segue o seu caminho sem poder voltar.
 Adeus ao seu amor...
 Carregado para o reino da Rainha do Mar, cheio de tesouros e belezas.

 Belezas também formadas pelas mãos da bela morena, 
 Sentada na areia, que desfia o colar...
 Colar de conchas, de conchas da areia, das águas do mar...
 E deixa de olhar pro veleiro...
 O amor se for para o mar, se foi para não voltar.
 Foi levado por Beira-mar,
 Das Sete Ondas, salve Ogum!

 E até hoje, a história retumba.
 A Bahia guarda em suas belezas, um tesouro sem igual.
 Conto de areia ou fantasia? Novamente a perguntar
 No fascinante encanto do Carnaval.