O Presidente da Mocidade Leopoldense, escola de samba virtual da LIESV, Édson Dutra é o autor do tema enredo da Estação Primeira de São Léo, escola de samba do Carnaval de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Dutra faz parte atualmente do Centro de Estudos e Pesquisa de Tema Enredo (CETE) e este será o quinto ano dele como autor do enredo da escola, sexto no Carnaval leopoldense, onde em 2008 escreveu o tema da União da Vila.
Dutra está desde 2009 na Estação Primeira de São Léo ,criando o tema enredo, e neste período ajudou a escola a conquistar três vice-campeonatos do Grupo Especial de São Leopoldo em 2009, 2010 e 2011. Nestes últimos quatro anos ele também venceu duas vezes o Prêmio Destaque de Ouro (dado pela Associação das Entidades Carnavalescas de São Leopoldo) de Melhor Tema Enredo (2009 e 2011).
Leia abaixo a sinopse do enredo da Estação Primeira de São Léo:
S.R.C. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE SÃO LÉO - CARNAVAL 2013
"É ÁGUA NO MAR, É MARÉ CHEIA... AZUL E BRANCO NUM CONTO DE AREIA"
JUSTIFICATIVA:
Em 2013, faz-se 30 anos que o país deixou de ouvir ecoar em seus palcos a voz inconfundível de Clara Nunes... Mineira, ganhou a alcunha de sabiá, por seu belo canto. Conhecedora e adoradora do folclore nacional e da cultura afro-brasileira, Clara Nunes foi uma das artistas que mais fez sucesso no Brasil. E faz até hoje. Exaltada por todos que amam a música brasileira, Clara tornou-se um retrato da cultura popular nacional e ficará eternamente marcada em nossos corações.
Em homenagem a esse ícone brasileiro, nossa escola vem mais uma vez exaltar a cultura nacional, trazendo para o povo o Conto de Areia. A música, composta por Romildo S. Bastos e Toninho Nascimento, foi um dos grandes sucessos da carreira de Clara Nunes, que cantou a Bahia e as belezas de seu povo e suas crendices.
O papagaio pede aos deuses do samba que, de onde estiverem e juntos com a "Deusa do Orixás", iluminem o nosso manto azul e branco, tal qual o manto da Portela, a majestade do samba e paixão de Clara.
"É água no mar... É maré cheia ô..."
Amor e fantasia, num carnaval de emoção.
SINOPSE
Salve a Bahia de São Salvador.
Salve a Bahia de Todos os Santos.
Salve Oxalá, que com sua Luz, ilumina a todos que vestidos com o manto azul e branco adentram a avenida para exaltar a Clara Guerreira.
Salve Ogum e Iansã, o Senhor do Bonfim, os encantos da Bahia...
Águas a rolar pela passarela.
Espumas, ondas e cristalinidade.
É água no mar, é maré cheia...
E das águas do mar chega na areia a emoção.
Seriam lágrimas de tristeza ou a água perfumada da lavagem do Bonfim?
Bela morena, linda flor formosa baiana.
Conto de areia ou fantasia?
História esta que vamos mostrar.
A luz da candeia clareia as areias da praia, onde a linda morena enfeitada passeia.
Flores... Rosas e rendas ornavam a bela morena que rumava a caminho da festa.
Havia canto e dança.
Violeiros tocavam lindas melodias e o povo festeiro dançava na roda, feliz.
A bela morena vendo a festa não se conteve.
E como toda baiana que traz consigo a energia da alegria, abriu seu sorriso de moça e pediu pra dançar.
A noite estava linda. Estrelas bordavam o céu de prata, criando um lindo véu,
Iluminando a festa na areia e as águas da praia de Amaralina.
O luar, resplendoroso, emanava sua luz, clareando os olhos da bela morena e do homem
pescador.
Surgia ali um lindo amor.
Ah, bela morena e pescador, juntos agora sob a luz do luar, do clima fascinante da Bahia.
Carinhos, carícias, beijos e abraços. Juras eternas de amor.
Era um peito só, cheio de promessas...
O pescador vai para o mar, buscar seu sustento. E a bela morena na praia, a olhar seu amor.
O mar, cheio de fascínios e mistérios.
Sopra o vento, balança as palmas na areia.
Sopra o vento, traça o rumo da embarcação.
Segue o barco para as águas de Iemanjá.
Da água, pouco se vê da areia da praia.
A embarcação segue o seu caminho sem poder voltar.
Adeus ao seu amor...
Carregado para o reino da Rainha do Mar, cheio de tesouros e belezas.
Belezas também formadas pelas mãos da bela morena,
Sentada na areia, que desfia o colar...
Colar de conchas, de conchas da areia, das águas do
mar...
E deixa de olhar pro veleiro...
O amor se for para o mar, se foi para não voltar.
Foi levado por Beira-mar,
Das Sete Ondas, salve Ogum!
E até hoje, a história retumba.
A Bahia guarda em suas belezas, um tesouro sem igual.
Conto de areia ou fantasia? Novamente a perguntar
No fascinante encanto do Carnaval.