Sabiá...Até um dia!

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sábado, 3 de novembro de 2012

Trio de cantoras festeja, cada uma à sua maneira, os 70 anos de Clara Nunes



Fabiana Cozza, Virginia Rosa e Mariene de Castro produziram shows que já são sucesso de público.  Neste 2012 em que se celebram os 70 anos de respeitáveis ídolos da música brasileira – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia, Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Jorge Ben e Nara Leão –, Clara Nunes (1942- 1983) tem recebido belas homenagens por outras cantoras, que de alguma forma influenciou.
As paulistas Fabiana Cozza e Virginia Rosa e a baiana Mariene de Castro (todas trajando branco como a homenageada) são protagonistas de dinâmicos shows com repertório de peso, incluindo sambas clássicos como O mar serenou (Candeia), Conto de areia (Romildo/Toninho Nascimento), Portela na avenida e Canto das três raças (ambos de Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro), Feira de Mangaio (Sivuca/Glorinha Gadelha) e Coisa da antiga.
Virginia Rosa canta Clara, que encerrou temporada no Teatro Cleyde Yáconis, e Canto sagrado, de Fabiana, que lotou o Auditório Ibirapuera há duas semanas – ambos em São Paulo –, farão turnês em outras cidades.
Mariene fez sessão única no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro, para gravar o DVD Ser de luz.
Virginia, Fabiana e Mariene, ligadas pela força dos orixás, valorizam a diversidade de Clara Nunes além do samba e a trazem para universos sonoros pessoais, fugindo de imitações.
Virginia transita com desenvoltura pelo afro-pop, com toques de samba-jazz e improvisos criativos.
Fabiana baila (com elegante trabalho corporal de J.C. Violla) com um pé no samba e outro no terreiro do candomblé.
Mariene busca referências na baianidade e na cultura popular que apimentam o legado da homenageada. As três, no entanto, cometem o mesmo errinho à toa em Conto de areia, cantando “desfia colares de contas”, em vez de “colares de conchas”.
No caso de Mariene, várias músicas tiveram de ser repetidas por conta de pequenos deslizes na hora da gravação. Morena de Angola (Chico Buarque) foi a que mais deu trabalho. Mesmo acompanhando os versos projetados num monitor de vídeo ao fundo da plateia, a cantora derrapou diversas vezes na engenhosa letra, cheia de aliterações e assonâncias.
Bem-humorada e radiante, porém, a baiana reverteu o problema a seu favor.
Quando finalmente conseguiu cantar a letra inteira, depois de seis tentativas, foi ovacionada pelo público.

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