Sabiá...Até um dia!

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

ENTREVISTA DIOGO NOGUEIRA



O cantor e compositor Diogo Nogueira traz hoje ao palco do Teatro Riachuelo um mosaico de velhos e novos sambas, clássicos e composições autorais do novo álbum Sou Eu - dos mais vendidos na atualidade no mercado nacional. O filho do sambista João Nogueira representa hoje a nova cara do samba moderno. Não só nos arranjos. A figura do malandro, exibida nas telas do cinema no clássico Ópera do Malandro (Cacá Diegues, 1970), ficou presa no passado, ou seria o "mané" de hoje em dia, segundo o próprio Diogo Nogueira - o malandro moderno - disse na entrevista cedida ao Diário de Natal.

Filho de sambista, de malandro de uma época mais romântica, talvez. Ainda existe a figura do malandro hoje em dia?

O termo "malandragem" foi mudando de significado com o passar dos anos. O cara pensa que é malandro, fazendo armações, passando os outros pra trás... Mas não sabe que ele é o verdadeiro "mané"!! 

E nos arranjos e interpretação do samba. Vemos o surgimento de intérpretes como Roberta Sá e Maria Rita que "bebem" do samba e imprimem também um tom bossanovista. Você acha saudável essa mescla?

Claro! Acho que todas as mesclas, desde que bem feitas, são bem-vindas. Roberta Sá e Maria Rita são cantoras maravilhosas e vêm apresentando um ótimo trabalho.

Falta uma nova Alcione no samba, hoje?

Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes são cantoras que sempre fizeram enorme sucesso com bons sambas, mas vejo uma nova geração muito boa surgindo. Tem a Mariene de Castro, da Bahia, que é um furacão e ainda vai ser muito falada no Brasil. Tem a Aline Calixto, que mora no Rio, mas veio de Minas, como a Clara. Tem aDhi Ribeiro, de Brasília. São grandes cantoras que em breve estarão mais conhecidas do grande público. 

Sou Eu é o título homônimo da canção cedida por Ivan Lins e Chico Buarque. Como se deu esse presente?

Essa história é engraçada. O disco já estava sendo prensado quando o Chico me ligou e disse: "Diogo, aqui é o Chico". Perguntei: "Que Chico?". E ele respondeu: "O Chico Buarque, p...! (risos)". Nós conversamos e ele me disse que tinha feito uma música que ficaria maravilhosa se eu a cantasse. Pedi a música, ouvi e liguei para meu empresário mandando parar a prensagem do CD, que já estava na fábrica naquela altura, quase pronto para ser lançado. Todo mundo gostou muito e gravamos a música em apenas dois dias, que ainda ganhou a participação especialíssima do próprio Chico. E na gravação do CD e DVD Sou Eu, tivemos a participação também do Ivan Lins e o resultado ficou lindo. 

Você recebe semanalmente sambistas de primeira qualidade em seu programa televisivo. Qual deles lhe encantou mais após o bate-papo?E quais suas influências?

Foram muitos programas gravados nesses dois anos. Tenho tido a alegria de cantar e conversar com nomes consagrados da nossa música e também de estar acompanhado da nova geração. Cada programa tem um tema, e normalmente juntamos dois artistas para esse mesmo tema. Isso faz com que tenhamos sempre programas dinâmicos e divertidos. Tenho adorado fazer o Samba na Gamboa, que vai ao ar em rede nacional todas as terças-feiras, às 23 horas, na TV Brasil.

Você fez recentemente uma turnê pela Europa, com sucesso. Ano passado recebeu o Grammy Latino. O samba é, essencialmente, um gênero musical que encanta mais pelo ritmo do que pelas letras, daí o sucesso fora do Brasil ou dos países de língua portuguesa?

Acredito que o que encanta no samba é o conjunto: ritmo e letra. Ambos são importantes para o resultado final. Mas quando cantamos para um público que não compreende a letra, vemos que eles se envolvem no ritmo, claro. E por mais que não entendam o significado daquelas palavras, entram no clima da música e entendem muito bem a mensagem. 

Além dos seus sucessos e dos clássicos do samba, o que o público pode esperar do show no Teatro Riachuelo?

Muita alegria e dança. Estamos preparando o show com muito carinho, para todo mundo sair satisfeito. Espero que todos compareçam!

Serviço

Show Diogo Nogueira
Onde: Teatro Riachuelo (Midway)
Data e hora: hoje, às 21h (abertura das portas às 20h)
Duração do espetáculo: aproximadamente 120 minutos

Preços:

Frontstage: R$100 (inteira) R$50 (meia)
Plateia: R$120 (inteira) R$60 (meia)
Camarote: R$120 (inteira) R$60 (meia)
Frisa: R$ 120 (inteira) R$60 (meia)
Balcão Nobre: R$120 (inteira) R$60 (meia)
Venda: Loja Elementais (Midway - 3213-2934) 




quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESCOLA DE SAMBA NENÊ DA VILA MATILDE CITA CLARA EM SUA SINOPSE


ESCOLA DE SAMBA AFILHADA DA PORTELA
EIS A SINOPSE:

Sou forra, mulher, rainha e mineira. Vivi no Arraial do Tijuco, cidade dos diamantes das Minas Gerais, lá pelos idos do século 18. Fui amada, respeitada, temida, odiada... Meu nome é Francisca da Silva de Oliveira, simplesmente Chica da Silva, negra na cor e mulher de muito valor.
Hoje, em minha paz celestial, decidi dar uma grande festa para ilustres convidados, em homenagem a vitória da liberdade, a literatura, a poesia, a música, ao teatro, ao samba... A cultura dos negros brasileiros.
Nesta festa sem recato, no lugar de navios negreiros teremos carruagens e liteiras douradas, no lugar da dor e da tristeza teremos alegria, e no lugar de grilhões teremos tambores.
Que soem os tambores...
Personificada em minha vida e história, da casa dos sambistas faço o meu castelo. Celebro a vida e a Águia da Azul e Branca põe-te a voar, mostrando a glória desse povo que vive a sambar. Por que hoje “No Palácio da Nenê a Festa é para Você. Chica Convida!”
Peço licença aos donos dessa casa. Com o meu orgulho renovado recebo os meus filhos. Todos educados longe do seio materno, meus “mestres de cerimônia” que trazem no olhar o afeto, a alegria do nosso amor eterno.
Em respeito a Vossa História, meus bambas de fato, que girem as suas “senhoras”, suas Tias Baianas, sigam o meu cortejo em devoção a Nossa Senhora do Rosário à tradição da coroa. Bailam os negros no ritmo do Congado. Onde o Rei do Congo e a Rainha Ginga são coroados... Em tempo de batuque, é dança pra todo lado, olubajé é o seu legado.
Mucamas, criados, atenção! São muitos os afazeres... Movidos por um sentimento de conquista, glória e paixão, cuidem com apreço dos vestidos, das perucas, das jóias à minha adoração. Como o habitual, tragam flores e águas de cheiro. Enfeitem, de forma sem igual, as paredes do palácio com tecidos coloridos, com palhas secas e fios de sisal. Organizem as louças de porcelanas e preparem um maravilhoso banquete. Com um toque africano e bem temperado, caprichem nos quitutes doces e salgados.
Músicos toquem, toquem, toquem... Como a suave brisa que embala a sinfonia dos ventos, apresento-lhes o meu quinteto. Sob as obras musicais, sonatas, transcritas para o meu folheto, trago com requinte e leveza a dança do minueto.
Rufam os tambores...
Alegria, alegria! Não é conto, nem magia é Rei Zumbi que acabou de chegar. Cada qual com a sua verdade, Zumbi e mil Palmares contra a atrocidade em nome da Liberdade.
A virtude de tornar real o sonho da alforria para muitos negros escravos é a sua lei. Entrelaçado em ouro, das minas, eu, o desbravei... Nem tão pouco sonhei. Aplausos, para o nosso glorioso Chico Rei.
Pressinto! E um repentino silêncio se faz presente. Um trotar sublime e envolvente ganha espaço reluzindo-se como uma estrela incandescente. É Dom Obá e Agotime, que a bordo de uma carruagem resplandecente, chegam para desfrutar da alegria de toda essa gente.
Tudo acontece ao mesmo tempo. Ganha movimento e os negros escravos vão se livrando dos seus tormentos. Brilha a este espírito de consagramento, a altivez do que é icomum, a atitude à eficácia, de uma “santa de olhos azuis”. Chega, livrando-se da mordaça, entre a luta e a sua audácia, a negra, que história batizou de Escrava Anastácia.
“Não se ri do destino”. A sua arte floresceu dos sonhos de quando ainda era um menino... Esculpe e dimensiona o seu cenário projetando ao mundo a tradução dos seus santinhos. Isso tudo me fascina, assim, como contemplo a cultura em meu caminho, vou saudando a criatividade de Antonio Francisco Lisboa, o nosso querido Aleijadinho.
Iluminem este palácio. As palavras vão dando conta do meu prefácio. A persuasão ganha vida, meio a discursos, projetos e publicações, uma revolução. Rumam à vitória da tão sonhada Abolição. Para minha grande festa, de forma exuberante e curiosa, tem gente que vem de barco, o meu maior fascínio. Recebam o Almirante Negro, o engenheiro André Rebouças e o político José do Patrocínio.
Assim como sempre quis a essa altura, em noite de festa e de gente feliz, personificado em verso e prosa, seu nome é Machado de Assis. Como em Memórias Póstumas de seu personagem define sua diretriz: a cada poema, crônica, frase um dissabor. Ora extraídos da dor, ora preenchidos com a docilidade deste grande escritor.
Entre linhas revelo o que sinto. O contemporâneo, ao meu olhar, deixou de ser um mistério sucinto. Sob a magnificência de um poeta, dedicado às letras, descobri a Pátria Mãe gentil: Cruz e Souza o maior autor simbolista do Brasil.
Vamos celebrar a glória de um povo que sabe rezar. Tantas origens de tal profusão.
Tem batuque? É gira de candomblé. Lá vem Tia Ciata, Mãe Menininha do Gantois ao culto sagrado, que faz da reza um canto, a cada mãe de santo, um axé. Mas quem pode com mandinga não carrega patuá. Peço licença ao Ketu, ao Jejê e ao Nagô, para louvar o Orixá da justiça, nosso Rei Xangô.
O conto que a gente canta é a história que o povo faz. É o samba que os males espanta dos sambistas imortais. Certo do me conduz, vamos cantar sambar ir além do que propus. Unindo a moderna cultura negra brasileira à Mãe África com os belos sambas de Clementina de Jesus.
Nesse reduto de bamba, onde tudo é versado, vou deixando o meu recado. Entre o erudito e o popular ouço Clara cantar, vejo Chiquinha Gonzaga, ao som do piano, abrir alas pro meu povo passar. E sob a regência do maestro renomado, que de Carlos Gomes fora batizado, contemplo um “Guarani” a descansar.
Não há aquele que não preste atenção, na melodia de uma simples canção e não leve consigo o acorde “Carinhoso” de Pixinguinha em seu coração.
Um marco ou um dilema? É Grande Otelo interpretando nas telas do cinema. Chega sem choro e sem dor, esbanjando alegria, com suas diversas formas de fazer humor.
Um importante momento! Inicia o primeiro ato da peça “Aruanda” dirigida por Abdias do Nascimento. Um súbito encantamento toma conta de todos. E não é pra menos: elevar a autoestima do negro brasileiro era o seu principal argumento.
A grande festa é a esperança, faz aliança é união. Com seu estandarte exalta a arte e acende as luzes da imaginação. No passo desse compasso o samba se une numa apoteótica celebração: Seu Nenê, Seu Inocêncio Mulata, Seu Carlão, Seu Pé Rachado e Dona Madrinha Eunice a inspiração.
E desse encontro mágico e universal chamado carnaval, bate forte o coração. A Nenê de Vila Matilde confraterniza, entende as razões, que no mundo do samba vale-se muito quando se respeita os pavilhões. Recebe Ismael Silva da Estácio de Sá, Cartola da Mangueira, Dona Ivone Lara do Império Serrano, Seu Calça Larga do Salgueiro, Paulo da Portela e estende nesta Avenida a sua maior paixão... De braços dados desfila o enredo do seu samba, ao lado desses eternos guardiões.
Celebrem, cantem forte, ninguém há de duvidar, que a Nenê é Chica da Silva e Chica da Silva é Nenê! Porque nascemos pra brilhar.
Texto: Marcos Roza

JORNAL RENASCENÇA BH-Clara Nunes, do Renascença para o Brasil.


Caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Clara Nunes nasceu no interior de Minas Gerais, no distrito de Cedro - à época pertencente ao município de Paraopeba e depois esse distrito virou cidade e foi emancipado com o nome de Caetanópolis, onde viveu até os 16 anos.
Marceneiro na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, o pai de Clara era conhecido como Mané Serrador e também era violeiro e participante das festas de Folia de Reis. Mas Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara ficaria também órfã de mãe e acabaria sendo criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José (conhecido como Zé Chilau). Naquela época, Clara participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística. Lá também cantava ladainhas em latim no coro da igreja.
Segundo as suas próprias palavras, cresceu ouvindo Carmem Costa, Ângela Maria e, principalmente, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mantendo, no entanto, estilo próprio. Em 1952, ainda menina, Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando "Recuerdos de Ypacaraí". Como prêmio, ganhou um vestido azul. Aos 14 anos, Clara ingressou como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira, a mesma para o qual seu pai trabalhou.
Teve que se mudar para Belo Horizonte, indo morar com a irmã Vicentina e o irmão Joaquim, por causa do assassinato de um namorado, cometido em 1957 por seu irmão Zé Chilau. Na capital mineira, Clara trabalhou como tecelã durante o dia e fez o curso normal à noite. Aos finais de semana, participava dos ensaios do Coral Renascença, na igreja do bairro onde morava. Naquela época, conheceu o violonista Jadir Ambrósio, conhecido por ter composto o hino do Cruzeiro. Admirado com a voz da jovem de 16 anos, Jadir levou Clara a vários programas de rádio, como "Degraus da Fama", no qual ela se apresentou com o nome de Clara Francisca.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Paulo Menezes - 20/07/2011 








O carnavalesco da Portela, Paulo Menezes, concedeu entrevista exclusiva para o site PortelaWeb falando sobre o enredo da escola para 2012 ". . .E o povo na rua cantando é feito uma reza, um ritual. . ." sobre as manifestações populares da Bahia. Confiram!

Portelaweb: Satisfeito com o encerramento deste primeiro momento, ou seja, definição do tema e divulgação da sinopse?

Paulo Menezes: Muito satisfeito, afinal eu queria falar de Bahia. Quando fui para a escola, tinha isso em mente. Posso dizer que juntamos o útil ao agradável. E, desde o início, com várias especulações sobre diversos enredos, eu sabia (coisas de intuição, não sei explicar) que eu acabaria falando da Bahia. Não deu outra!!!

PW: Bahia e Clara Nunes dão samba e enredo?  Como você chegou a um denominador comum entre esses ícones?

PM: Claro! Aí foi uma vontade de satisfazer a torcida portelense, afinal são setenta anos de Clara, que não poderiam passar em branco, e resolvi transformá-la no fio condutor do enredo. A Clara personificou a figura da baiana com muita propriedade, então não vai ser gratuita a presença dela no enredo. Posso dizer que é um pequeno presente para os portelenses. Acho que eles vão gostar.

PW: Que novidades você prepara para dois temas já levados para a avenida?  Mesmo sem entrar em detalhes, é possível afirmar que haverá um diferencial em 2012?

PM: Qualquer tema pode ter cheiro de novo ou velho, depende da forma como ele é visto. Estou procurando fazer uma Bahia como eu a vejo. Acho que vai ao encontro daquilo que a Portela anseia, um carnaval luxuoso, mas ao mesmo tempo com linguagem moderna. Barroco, mas com uns toques afros. E cheio de brasilidade e sensualidade, pois o baiano tem isso na alma.

PW: O "Império do Divino" (enredo do Império Serrano em 2006) influenciará a execução deste novo projeto?  Como?

PM: Em nada. Era um outro projeto em uma outra escola. Ele foi pensado para o imperiano, com as características da escola. Assim como o deste ano está sendo pensado para e com as características da Portela.

PW: Lendo e relendo a sinopse, percebe-se a Bahia de Salvador e não a Bahia sertaneja ou a do Recôncavo. Confere?  Foi pensada esta opção ou estamos enganados?

PM: O foco principal é Salvador, mas passeio pelo Recôncavo, pelo interior também. Várias manifestações que as pessoas acham que são soteropolitanas abrangem o estado inteiro, e algumas não chegam até a capital, mas farei um passeio pelas mais significativas. E além do mais, as características são bastante parecidas, na maioria delas.

PW: Pensando em religiosidade e em Portela, fica muito difícil não deixar de pensar na Águia, Velha Guarda, em  São Sebastião e em Nossa Senhora da Conceição, símbolos da mística portelense (mística evocada na famosa frase de Antônio Rufino, um dos fundadores da Portela, que dizia que Ela não teria sido fundada, mas "criada por obra do Espírito Santo"). Como lidar com as restrições da Igreja e a necessidade de culto destes símbolos tão caros ao portelense?


PM: Nunca tive problemas com a Igreja, e nem pretendo ter. Acho uma dor de cabeça desnecessária. Trabalharei sempre com o imaginário popular. Aquilo que for permitido estará presente, o que não for, também estará, mas de uma outra forma. É só colocar a cabeça para funcionar que a gente acha solução para essa questão. Isso não me preocupa.

PW: E por falar em Águia (rs), já dá para adiantar como o nosso símbolo maior deve vir?

PM: Acho que 750 mil pessoas já me perguntaram isso. Eu também já me perguntei. Mas isso vai ser segredo. Tenho algumas ideias, mas estou amadurecendo ainda.

PW: Teremos uma Portela muito bem vestida, a julgar pelos seu estilo e histórico. Será uma Portela "pesada" ou, ao contrário, leve?  É possível conciliar leveza e luxo? Como?

PM: Vai ser uma Portela de riqueza, de luxo, de sensualidade, sem cangalhas. Um carnaval de figurino, como eu gosto de fazer. E acho que foi por isso que os portelenses queriam que eu viesse para cá. Espero agradar.

PW: Azul e branco ou colorido? Por quê?

PM: Muito colorido, mas sempre com nuances de azul, afinal Bahia é cor!

PW: Haverá recursos para garantir a execução do projeto?

PM: Esta pergunta não é para ser feita para mim.(rs). Não sou a melhor pessoa para respondê-la. Espero que sim, que eu possa colocar na Avenida este carnaval grandioso que está sendo projetado e que a Portela merece.

PW: Como tem sido sua relação com a comissão de carnaval e a presidência?  Existe autonomia artística? 

PM: Muito boa, uma relação de respeito, amizade, companheirismo e planejamento acima de tudo. Tudo é conversado e planejado. Estou tendo total autonomia para tocar o trabalho, a sintonia com os "meninos" é muito boa, a gente troca muito. Está sendo muito prazeroso.

PW: A equipe artística foi mantida pela escola ou você fez questão de agregar mais alguém de sua confiança?

PM: Eu sempre prezo a qualidade do trabalho, e acho que em alguns momentos isso assusta as pessoas. Sou muito profissional e exijo profissionalismo das pessoas que trabalham comigo.

Então quem é bom é bom, quem não é bom não é bom. Conheço a maioria dos profissionais, já trabalhei com vários deles em outras escolas, e temos que levar em consideração que o tempo que a Portela está acostumada a executar o seu carnaval não permite ao profissional mostrar o melhor dele, do que ele é capaz. Mas estamos planejando estas mudanças e tudo será feito antes. Com as bênçãos do Senhor do Bonfim!!! rs

PW: Por favor, uma mensagem para os portelenses.

PM: Acreditem! A Portela não quer entrar na Avenida para fazer figuração. Queremos e podemos muito mais que isso. Temos quesitos fortíssimos, é só olhar em volta. Com um grande enredo, um lindo Carnaval, e um lindo samba... é tudo nosso!!! Cobrem! Vocês, como torcedores e apaixonados, podem e devem fazer isso. Vamos fazer a Águia voar alto na Avenida!!

Elaboração: Rogério Rodrigues
Revisão: Fabrício Soares 


CLARA NUNES SERÁ HOMENAGEADA NA RÁDIO GLOBO

MUDANÇA DE DIA!
O ESPECIAL SOBRE CLARA NUNES SERÁ NO DIA 14/08/2011 DOMINGO!


CLARA NUNES SERÁ HOMENAGEADA -
A Rádio Globo através do jornalista ROBSON ALDIR que comanda o Programa Madrugada na Globo, está preparando um especial sobre CLARA NUNES, que será transmitido em 14/08/2011 , próximo a data de nascimento da saudosa cantora que é 12/08.
O programa está em fase de organização com entrevistas em várias vertentes da carreira da cantora: Compositores, familiares, músicos, escritores, pesquisadores e amigos da Portela.
O programa será transmitido em 14/08/2011, Domingo no horário de 0H00 as 03H00. Rádio Globo FM 89,5 e AM 1220.
Muita música, sorteio de livros, CDs, etc.  Prestigiem e repassem para os amigos.
Quem quiser falar com o Robson Aldir é só entrar no site da Rádio Globo e enviar uma mensagem no Fale Conosco ou ir para o Auto-falante Madrugada na Globo (mesmo site) com Robson Aldir.  Durante as Madrugadas de domingo ele atende no telefone 21 24611220. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

De Luma a Lula! Veja as personalidades que serão enredo no carnaval 2012

De Luma a Lula! Veja as personalidades que 

serão enredo no carnaval 2012

Eles inspiram carnavais de agramiações do Rio e São Paulo no próximo ano.
Eliane SantosDo EGO, no Rio

Nunca antes na história desse país, e de nenhum outro também,
 as escolas de samba homenagearam tantas personalidades
 em seus enredos. Em 2012, parte do carnaval estará 
concentrado na biografia de gente como Dona Ivone Lara,
o ex-presidente Lula. Confira abaixo quem vai dar samba
 e em que escola.  


Ag. O Globo/Ag. O Globo

Luma de Oliveira diante da bateria da Viradouro: beleza que fez história na avenida


Luma de Oliveira
A morena que fez história na Marquês de Sapucaí como rainha de bateria será homenageada pela Estácio de Sá, que está no grupo de acesso do Rio de Janeiro. O carnavalesco Marcus Ferreira se inspirou em um texto do compositor João Bosco – que ilustrou um dos ensaios nus de Luma na "Playboy" -, para compor a sinopse do enredo “Luma de Oliveira — Coração de um país em festa!”. Marcus quer mostrar a morena brejeira, seu  amor pelo samba e cenas que marcaram as passagens de Luma na avenida, como a da morena ajoelhada diante da bateria da Viradouro, e dela usando uma coleira em homenagem ao então marido, Eike Batista. Essa, aliás, será a única referência ao empresário. A ex-modelo pediu para que o enredo se concentrasse na sua história com o carnaval. 

  
-Divulgação/-Divulgação

Dona Ivone Lara: na avenida com o Império Serrano


Ivone Lara
A primeira mulher a compor um samba-enredo no Brasil, e a fazer parte da ala de compositores do Império Serrano, em 1965, será homenageada pelo sua escola. A agremiação, que atualmente está no grupo de acesso do Rio de Janeiro, vai contar a história de Dona Ivone Lara - como é mais conhecida -, com o samba, sua história de amor com a Serrinha – como também é conhecido o Império Serrano -, seu trabalho ao lado da médica Nise da Silveira e alguns dos clássicos que ela eternizou na MPB, como “Sonho Meu”, “Acreditar” e “Alguém me avisou”. Tudo isso no enredo “Dona Ivone Lara: enredo do meu samba”, de Mauro Quintaes.

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Logo da Paraíso do Tuiuti: Clara


Clara Nunes
Outro ícone da MPB e do mundo do samba também estará na avenida em 2012. Com o enredo “A Tal Mineira”, a Paraíso do Tuiuti – que em 2011 contou a história de Caetano Veloso e foi campeã do grupo B -, espera vencer no grupo A, e voltar a desfilar no grupo especial do Rio de Janeiro. O carnavalesco Jack Vasconcelos quer comemorar os 70 anos da cantora e falar um pouco de sua obra na avenida. 





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Elza na logo da Tuiuti: ela ajudou a escolher o nome do enredo


Elza Soares
Ela morou na favela, passou fome, casou-se aos 12 anos, aos 18 já estava viúva, viu a morte dos dois filhos, teve um tórrido romance com o jogador de futebol Garrincha, foi a primeira mulher a puxar um samba-enredo na avenida e foi considerada a melhor cantora do milênio. Parte dessa biografia será contada no enredo “A Cabuçu dá a Elza na avenida!”, da Unidos do Cabuçu - escola do grupo C do Rio de Janeiro -, pelos carnavalescos Marco Aramha e Marcyo de Olliveira.





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Justus na apresentação do enredo


Roberto Justus
O empresário e apresentador será a figura central do enredo "O Reino dos Justos", da escola de samba Rosas de Ouro, do grupo especial de São Paulo. O carnavalesco Jorge Freitas pretende contar, através de uma fábula, a chegada de imigrantes húngaros ao Brasil, e tendo Roberto Justus, que tem descendência húngara, como figura central dessa história, na pele do Rei Mattias Corvinus , “O Justo”.
  




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Gonzagão vai virar enredo pelas mãos de Paulo Barros


Luiz Gonzaga
Com o título de "O Dia Em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida Para Coroar o Rei Luiz do Sertão”, Paulo Barros e a Unidos da Tijuca querem festejar o centenário de Luiz Gonzaga na Marquês de Sapucaí. A ideia da vice-campeã do carnaval 2011 do grupo especial do Rio é contar a história do Rei do Baião de forma inovadora, como só Paulo Barros sabe fazer, e também revisitando o estado de Pernambuco, terra do Velho Lua. 
    




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Jorge Amado será lembrado na Imperatriz



Jorge Amado
Se a Unidos da Tijuca vai de Luiz Gonzaga, a Imperatriz Leopoldinense, também do grupo especial carioca, vai de Jorge Amado, que também completaria 100 anos se estivesse vivo. Com o enredo “Jorge, Amado Jorge”, Max Lopes vai abordar a vida do escritor e fazer referências à algumas de suas obras na avenida como “Capitães de Areia” e “Gabriela, cravo e canela”.





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A Viradouro vai tentar contar a vida de Nelson Rodrigues de maneira inovadora 


Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues é outro ícone que terá seu centenário lembrado no carnaval. Sua história estará no enredo da Viradouro, que luta para voltar ao grupo especial do Rio de Janeiro. Alexandre Louzada - que também comanda os trabalhos no barracão da Mocidade -, tem a difícil tarefa de contar uma história que já esteve na Marquês de Sapucaí duas vezes: em 1994, com a Império da Tijuca, no enredo “Nelson Rodrigues, um beijo na Sapucaí”, e em 2001, com a Unidos da Tijuca com “Tijuca com Nelson Rodrigues pelo Buraco da Fechadura”. 




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Romero Britto é aposta da Renascer



Romero Britto
A Renascer de Jacarepaguá, que em 2012 vai estrear no grupo especial do Rio de Janeiro, escolheu o artista plástico Romero Britto para enredo. Com o título: "Romero Britto, o artista da alegria dá o tom na folia", a Renascer quer fazer bonito e contar a vida e obra do artista. Romero, que vive nos Estados Unidos há 20 anos, já confirmou presença no desfile da escola e em vários eventos da agremiação.
   



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Portinari também estará na avenida



Cândido Portinari
Outro artista plástico também estará na avenida. Cândido Portinari será o enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, do grupo especial do Rio. Com o tema "Por ti, Portinari, rompendo a tela, a realidade". O carnavalesco Alexandre Louzada quer mostrar um outro lado do gênio da pintura. Quer revelar a história simples, do homem de pouco estudo, mas que nem por isso deixou de ser genial.




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Vai ter até ex-presidente na avenida


Lula
A Gaviões da Fiel vai levar a história do ex-presidente Lula para avenida em 2012. Com o enredo “Verás que um filho fiel não foge à luta. Lula, o retrato de uma nação”, a escola vai falar do ex-operário do ABC Paulista que virou presidente do Brasil e, através dessa ascensão, falar da garra e coragem do povo brasileiro. As lutas sindicais, que fizeram parte da história de Lula e de São Paulo, também estarão presentes no enrendo. E é claro, a vertente corintiana do ex-presidente.