Sabiá...Até um dia!

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obra de Clara Nunes será cantada no CCBB Brasília



Com curadoria de Monica Ramalho e Luís Filipe de Lima, também diretor musical e arranjador, a série CONTOS DE AREIA – 70 ANOS DE CLARA NUNES leva ao palco do CCBB Brasília shows inéditos nas vozes de 12 destacados intérpretes da música brasileira, que se apresentarão em duplas, de 12 a 29 de janeiro, em cada um dos seis espetáculos da série. Mais importante do que as atrações, no entanto, é o repertório de Clara Nunes que o público de Brasília vai ouvir novamente ao vivo. Ao longo de seus seis shows, a série apresenta quase uma centena de canções registradas pela cantora.
Monarco e Verônica Ferriani, Joyce e Teresa Cristina, Delcio Carvalho e Maira, Nei Lopes e Nilze Carvalho, Mariene de Castro e Pedro Miranda, e Elton Medeiros e Fabiana Cozza são as duplas de bambas convidadas a nos presentear com o legado de Clara Nunes, esta notável cantora mineira, que deixou um rastro de luz, encantamento e amor à música e ao próximo. As duplas de intérpretes serão acompanhadas por banda 
especialmente formada para a série. “Ninguém jamais cantou sambas como Clara Nunes. A ideia é homenagear a cantora e trazê-la para o tempo presente. Clara foi a primeira mulher na história do país a bater o recorde de cem mil cópias vendidas e ainda desmistificou o preconceito com as religiões de origem afro-brasileiras”, explica Monica Ramalho, uma das curadoras.
Para o curador, arranjador e diretor musical Luís Filipe de Lima, “os seis shows oferecem um painel extenso e variado de seu repertório. Entre as mais de 200 músicas gravadas por Clara, o destaque vai para a variedade de compositores (de Nelson Cavaquinho a Chico Buarque, passando por Cartola, Vinicius, Candeia e Sivuca) e também para a variedade de gêneros: Clara, afinal, firmou-se como cantora de samba, mas interpretou com igual carisma o repertório romântico de seu início de carreira e também baiões, cocos, afoxés, valsas. Era uma cantora superlativa”, adianta ele.
Vídeos e mesa-redonda
Em meio aos shows, serão exibidos pequenos vídeos que revelam um mosaico de histórias e impressões sobre Clara Nunes do ponto de vista de pessoas próximas (entre eles Alcione, Sergio Cabral, Agnaldo Timóteo, Guinga e Adelzon Alves, além de todos os cantores da série) e também através do depoimento de pessoas flagradas na rua. A ideia aqui é mostrar o quanto de sua memória está na boca do povo. E, para quem quiser saber ainda mais sobre a homenageada, haverá uma mesa-redonda na segunda semana de CONTOS DE AREIA – 70 ANOS DE CLARA NUNES. Participarão o produtor e pesquisador Herminio Bello de Carvalho, o cantor e compositor Nei Lopes e o jornalista Vagner Fernandes, biógrafo da cantora.


A assessoria de imprensa é de Rodrigo Machado, do Território Cultural. Você encontra o rapaz no e-mail: drigo.machado@gmail.com. E para achá-lo rapidinho, ligue (61) 8175.3794.

Portelenses saem satisfeitos da apresentação dos protótipos das fantasias

A Portela realizou a apresentação de seus protótipos nesta quinta, no clube River, na Piedade. Muitos não entenderam a mudança da data, que seria dia 5, mas o dia 8 de dezembro é comemorado o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da agremiação. Um altar de tirar o fôlego foi montado na quadra, trazendo imagens de santos, e o chão foi rodeado de folhas de mangueira. Ao fundo do altar um telão com clipes de musicas de Clara Nunes.

Os componentes, torcedores e visitantes que chegavam ao local, muitos desses apresentavam um largo sorriso no rosto, seria uma satisfação com o que estavam vendo? Pode-se dizer que sim. O espaço foi liberado às 21h, tudo bem arrumado na quadra principal do clube, com as 35 fantasias espalhadas na ordem de desfile.

A escola vai começar contando sobre sua chegada à Bahia, depois sobre as festas no mar, aos santos e padroeiros, em seguida faz um grande apanhado de festas do estado, e finaliza com festas da própria agremiação e uma homenagem à torcida da agremiação. Fantasias leves, bem acabadas, com uma diversidade de cores (o ponto alto para muitos presentes), muitas delas com plumas, e uma plateia muito satisfeita com o que foi apresentado.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, uma das baianas da agremiação, Maria Helena, que já desfila na escola há oito anos, se disse muito satisfeita com sua fantasia e com o clima que circula na escola: - Está muito linda. Linda demais. Estou emocionada. Temos como desenvolver muito bem pela Avenida. Esse ano está muito bom o clima aqui dentro. Era um samba que todos queriam.

O carnavalesco da escola, Paulo Menezes, que assina seu primeiro trabalho na escola, também falou sobre os setores e as fantasias: - A gente divide as festas por categorias. Começamos pelas lavagens que representam riquezas e a purificação, depois vamos para as festas das águas, em seguida as festas africanas e católicas, depois as festas do povo até chegar nas festas portelenses. Como o portelense comemora e festeja na Avenida. As plumas são uma característica da escola, então quando chegamos a uma agremiação procuramos aliar nosso gosto ao da escola.



Menezes também frisou sobre os pesos das fantasias e sobre o cuidado com as alas comerciais:

- Desde o início nós queríamos um carnaval onde a escola pudesse brincar na Avenida, onde a escola pudesse flutuar, e isso casou com um samba que vai ao encontro do projeto da escola. Então eu tenho certeza que a Portela vai passar como uma pluma na Avenida. A direção de carnaval da escola tem que criar meios de fiscalizar o trabalho das fantasias comerciais.