Se não tivesse prestado atenção a tempo,Clara Nunes,hoje,seria reconhecida apenas como "A Cantora da Umbanda e do Candomblé."
A mudança começou a ocorrer no LP "As Forças da Natureza"de 1977,época em que ela "libertou seu canto"e cantou um pouco de tudo o que fosse autenticamente brasileiro.
Fazer a sua gravadora Odeon entender essa necessidade sua foi mais dificil do que se pode imaginar,principalmente porque Clara,no estilo antigo,chegou a atingir a marca dos 500 mil discos vendidos.Com aquela guinada as vendas não foram além dos 100 mil.Nada animador para a gravadora,convenhamos!
Números às favas!Clara Nunes parecia saber que, aos poucos,reconquistaria o seu lugar.E não foi preciso esperar muito.
O LP seguinte"Guerreira"ultrapassou as vendagens antigas e ela possuia liberdade total para escolher o seu repertório.
"Quando estou preparando um disco passo várias horas ouvindo fitas cassetes de compositores e vou escolhendo as músicas que mais me emocionam" -disse Clara.Tanto posso escolher uma de Chico Buarque,Candeia ou Paulo César Pinheiro,como de alguém com nenhuma fama.Gosto muito de lançar gente nova.Depois de escolhido o repertório,a preocupação seguinte é com os arranjos...depois com a capa...tudo tem que estar cem por cento!
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